Jogadores brasileiros relembram passagens com Kobe Bryant

A morte precoce de Kobe Bryant, vítima de um acidente de helicóptero neste domingo (26/01/2020) aos 41 anos, mexeu com a comunidade do basquete. Foram inúmeras as postagens nas redes sociais lamentando a partida do ex-jogador do Los Angeles Lakers, quarto maior pontuador da história da NBA. No Brasil, jogadores e ex-atletas também lamentaram o falecimento do ex-jogador.

Atualmente defendendo o Brasília, o armador Nezinho enfrentou o Black Mamba em 2007, durante o Pré-Olímpico das Américas, disputado em Las Vegas (EUA). O camisa 23 do time brasiliense conta que as entrevistas pré-competição de Bryant ditaram o ritmo das apresentações do jogador na competição. À época, a seleção dos Estados Unidos se apresentou com o melhor elenco possível, após campanhas consideradas fracas nas edições anteriores da Olimpíada e do Mundial, quando o time ficou com o bronze em 2004 e 2006, respectivamente. Assim, o time comandado por Mike Krzyzewski contou com atletas como o próprio Kobe, além de LeBron James e Carmelo Anthony.

“Ele deu várias entrevistas dizendo que estava muito focado em ter boas atuações defensivas durante o campeonato e que iria pegar (marcar) os melhores jogadores de cada seleção”, recorda. Na competição, Bryant, conhecido pelo volume de arremessos tentados durante as partidas, foi “apenas” o 11º melhor pontuador. Em compensação, terminou o Pré-Olímpico como o quinto maior ladrão de bolas, com uma média de 1,6 bolas roubadas por confronto.

Invictos, os norte-americanos não tiveram maiores dificuldades para garantir uma vaga nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Nos Jogos Olímpicos, novamente usando o Redeem Team, o time da redenção, em tradução livre, os Estados Unidos também não tiveram trabalho para ocuparem o lugar mais alto do pódio.

Amistoso com Obama na plateia
Aposentado desde o fim da temporada 2018/2019, o ex-ala-pivô Guilherme Giovannoni também tem boas recordações de momentos envolvendo o astro Kobe Bryant. Uma delas ocorrida em uma partida preparatória para a Olimpíada de 2012, que seria disputada em Londres. Pouco antes, Brasil e Estados Unidos disputaram um amistoso em Washington e que contou com ninguém menos que o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fã assumido de basquete, na primeira fila.

“Joguei poucas vezes contra ele e as recordações são sempre muito boas. Nesse amistoso, em um momento de bola parada, a gente trocou ideia rapidinho. O legal é que a gente falou em italiano, já que ele falava fluentemente, por ter crescido na Itália”, relembrou o eterno camisa 12 do Brasília, que também teve passagens marcantes por equipes italianas como o Virtus Bologna antes de brilhar no Brasília, onde conquistou por três vezes o NBB, principal competição do basquete brasileiro, além de três Ligas Sul-Americanas.