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Em entrevista ao Metrópoles, Didi Louzada fala sobre Tóquio, Pelicans e NBA

Após ser selecionado por New Orleans no draft de 2019, Didi passou temporada na Austrália, onde chegou às Finais pelo Siydney Kings

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Didi Louzada NBA
1 de 1 Didi Louzada NBA - Foto: FIBA

Selecionado pelo Atlanta Hawks na 35ª posição do draft de 2019, Didi Louzada foi posteriormente trocado para o New Orleans Pelicans. A franquia decidiu emprestá-lo para o Sydney Kings, para adquirir mais experiência. Na Austrália, fez uma excelente temporada individual e coletiva, chegando às Finais da Liga Australiana e registrando médias de 10,2 pontos, 3,7 rebotes e 40% de acerto de seus arremessos de quadra.

A decisão, no entanto, teve de ser interrompida devido à pandemia de coronavírus. O capixaba de 21 anos retornou ao Brasil, para ficar com a família, treinar e aguardar o que o futuro lhe reserva, tanto em termos de NBA quanto de Seleção Brasileira.

Em entrevista ao Metrópoles, a jovem promessa do basquete brasileiro falou sobre o sonho e expectativa de se juntar a Zion Williamson e Brandon Ingram e New Orleans, disputar o pré-olímpico e se classificar para os Jogos de Tóquio, pandemia e sua experiência na Austrália. Confira!

Como foi sua experiência na Austrália?
Foi muito boa, importante demais na evolução do meu jogo e como experiência pessoal. Sydney é uma cidade muito bonita, todos me receberam bem, é um lugar que se parece muito com o Rio de Janeiro, o povo é bem hospitaleiro e fiz muitos amigos.

Tivemos uma excelente temporada, chegando às Finais, que acabaram interrompidas pela pandemia, mas o carinho dos fãs é algo incrível. Sinto que melhorei bastante o meu jogo. Foi bom estar ao lado de outros jogadores internacionais, de ter atletas experientes, como o Andrew Bogut (ex-Milwaukee Bucks e Golden State Warriors) na equipe, aprendi muito com todos eles.

E os planos para a próxima temporada? Vamos te ver atuando ao lado de Zion e Ingram? Já houve alguma conversa com o Pelicans nesse sentido?
Isso está nas mãos dos meus agentes. Tenho o sonho de jogar na NBA, não escondo isso de ninguém, e se isso acontecer com a camisa do Pelicans, a franquia que me deu oportunidade de disputar a Summer League, onde fui muito bem recebido, será ótimo. Mas no momento eu estou focado em treinar, em melhorar o meu jogo no que eu puder, para ter uma boa temporada.

Falando em Pelicans, é um time jovem, assim como você, com as principais peças todas na mesma “linha do tempo”. Como você vê seu papel nessa franquia? De que forma acha que pode contribuir?
Acho que o Pelicans fez um bom campeonato, terminou o ano mostrando que é uma equipe de muito talento e com muito potencial nos jogos na “bolha”. É um grupo jovem, que tem jogadores importantes, com perfil para se transformarem em protagonistas na liga, um time que tem tudo para ir longe na próxima temporada.

Como tem sido a quarentena pra você?
Voltei ao Brasil antes que os voos fossem suspensos. A liga foi interrompida por causa da pandemia. Assim que cheguei no Espírito Santo, precisei cumprir quarentena, mas foi bem tranquilo, fiquei isolado por duas semanas até que estivesse seguro de que não havia qualquer tipo de risco para mim ou para a minha família.

Fiquei bastante em casa nas primeiras semanas, mais perto da minha família, aproveitando um tempo que nunca tive com eles. Depois, com o passar do tempo, consegui voltar a ter uma rotina, me mantendo ativo, treinando com alguma regularidade, às vezes em horários alternativos, mas sempre em ambientes controlados, sem ninguém por perto, usando máscara, tomando todos os cuidados e respeitando os protocolos.

Tem acompanhado a bolha montada pela NBA? Apontaria algum destaque?
Tenho assistido aos jogos sim. A temporada ficou muito diferente em razão da pandemia, mas foi importante chegar ao fim por muitos motivos. Pelo lado esportivo, claro, mas também pelo papel social, de posicionamento dos atletas e da liga sobre os problemas de racismo, da luta por igualdade e liberdade de expressão, e também com relação aos fãs, pelo entretenimento e alegria que o esporte leva para o público.

Os jogos estão diferentes no formato, não apenas pela sede única, mas pela ausência de fãs nas arenas, mas o nível técnico está altíssimo. Vimos muito equilíbrio e emoção, com várias partidas sendo decididas nos segundos finais. Todas as equipes chegaram a Orlando jogando um basquete bastante competitivo, de muita intensidade.

Projetando o ano que vem, olimpíadas, Tóquio, Seleção Brasileira. Qual a sua expectativa?
Espero poder estar com o grupo na disputa do Pré-Olímpico, quero muito fazer parte da equipe para lutar pela vaga nas Olimpíadas. Esse é o nosso principal objetivo para 2021.

Vai ser um torneio muito difícil, apenas o campeão vai para Tóquio, e tenho certeza de que a Seleção Brasileira vai fazer uma excelente preparação. Temos que pensar em um passo de cada vez, em chegar bem na Croácia e focar jogo a jogo, buscar os resultados que nos levem aos Jogos do Japão. Estou confiante.

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