Com direito a prorrogação, UniCeub/BRB larga na frente na decisão da Liga Sul-Americana
Deryk Ramos foi decisivo durante o jogo, marcou 28 pontos e acertou a bola de três decisiva. Vitória no dia 9, na casa dos argentinos, garante o tricampeonato dos brasilienses
atualizado
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A torcida fez uma festa imensa, com direito a sinalizadores e muitos gritos de incentivo ao time brasileiro durante o aquecimento. O tricampeonato é o objetivo do UniCeub/BRB. Os painéis de lead ‘ferviam’ com o anúncio de cada um dos jogadores candangos, deixando o ginásio ainda mais com o clima de caldeirão. O clima de emoção passou para quadra e o resultado foi decidido apenas na prorrogação. A vitória foi graças a um garoto de 21 anos, Deryk Ramos, que não só meteu uma bola de três no segundo final, como foi o cestinha do jogo com 28 pontos.
A partida de volta acontecerá em 9 de dezembro, em Corrientes, na Argentina. Caso o Brasília vença, conquistará o tricampeonato da Liga Sul-Americana. Caso os argentinos vençam, o terceiro jogo será no dia 10 de dezembro, também na casa dos hermanos.
O nervosismo tomou conta de todo o jogo. No começo, as duas equipes se estudaram bastante e erraram vários arremessos de quadra. Foram necessários dois minutos para, enfim, Pilar anotar os dois primeiros pontos da partida. Por ironia do destino, a única vez que o time candango liderou o placar no período. E muito por conta dos erros.
Somente no primeiro período, foram sete falhas, o que proporcionou uma vantagem aos argentinos. Para piorar, uma bola de três dos argentinos no último lance do quarto fez com que a diferença terminassem em 10 pontos, com 23 a 13 para o San Martín de Corrientes.
Após o puxão de orelha de José Carlos Vidal, o Brasília voltou arrasador. Nos primeiros cinco minutos de jogo, os argentinos fizeram apenas sete pontos. Enquanto que o time da casa, empurrado pela massa da torcida, obteve a virada, com três bolas de três pontos (Guilherme Giovanonni, Deryk e Jefferson Campos). Sem contar a força da defesa, que impediu os rivais de pontuassem por três minutos e meio.
Com a virada, o técnico argentino Jorge Gonzalez parou o jogo e fez com que o equilíbrio voltasse à quadra. Ainda assim, os candangos continuaram à frente do marcador, fechando o segundo período por 26 a 15 e com 39 a 38 no marcador. O lado negativo ficou para as três faltas de Lucas Cipolini nos primeiros 20 minutos de jogo.
O que não ocorreu nos dois primeiros quartos, aconteceu na volta do intervalo. O equilíbrio foi intenso durante os 10 minutos. Graças ao bom desempenho do americano Larry O’Bannor Jr, pelo lado argentino, com sete pontos e, principalmente, ao ala Arthur Belchor. Voltando de lesão, o jogador marcou 16 pontos somente no período. Outro fator fundamental para os candangos foi Deryk com duas bolas de três. Com tal equilíbrio e um jogo corrido, os argentinos venceram o quarto por um ponto de diferença, empatando o confronto em 66 a 66.
Tensão
No último período, a tensão tomou conta da partida. O Brasíia estourou em faltas em apenas quatro minutos de jogo. Sem contar que Arthur, Pillar e Cipolini ficaram pendurados, impedindo-os de ficar em quadra para evitarem a exclusão precipitada. Ainda assim, os brasileiros souberam superar as adversidades e se manter à frente do marcador, ainda que de maneira equilibrada.
Sem contar que a pressão da torcida contra os argentinos foi determinante para que o jogo se mantivesse equilibrado até o fim. A cada lance livre dos rivais, a Asceb tremia em barulho, pressionando os adversários. Mas foi um erro no final que proporcionou a prorrogação. Com sete segundos para o fim do jogo, Ronald teve a chance de ampliar para três a vantagem no placar, mas acabou errando um lance livre. No contragolpe, Miguel Gerlero fez a bandeja e empatou o jogo.
Na prorrogação, os dois times erraram muito, principalmente, por conta do cansaço. Sem contar a tensão da partida. Aí, entrou o lado emocional. Coube a Deryk Ramos, com apenas 21 anos, a bola decisiva. Faltando um segundo para o cronometro estourar, o armador meteu uma de três e decidiu a partida, com 94 a 92.
“Eu nem acredito que o Deryk tem 21 anos. Só acredito quando vocês falam, pois ele tem um poder de decisão incrível. Conseguiu matar a bola do jogo, o que é difícil. É muito bom jogar ao lado de uma pessoa assim”, destacou o ala Arthur, que voltou de lesão e foi crucial para o resultado da partida.