Após perder para o Paulistano, Brasília muda chave para duelos no NBB
Com quatro vitórias e sete derrotas, o Brasília procura aproveitar sequência de jogos para subir na tabela do NBB e alcançar seus objetivos
atualizado
Compartilhar notícia
O calendário de jogos do Novo Basquete Brasil (NBB) impede que os times tenham muito tempo para comemorar suas vitórias e lamentar suas derrotas. Dessa forma, a virada de chave dos atletas precisa ser rápida e, obviamente, certeira. Esse é o caso do Brasília Basquete nesta sexta-feira (16/12).
Após fazer um jogo duro com Paulistano, nessa quinta (15/12), mas terminar o jogo com sua sexta derrota da temporada, o clube brasiliense mantém a 12ª posição da tabela, com quatro triunfos e sete perdas. Apesar de não ser um cenário excelente, os Extraterrestres ainda têm boas projeções para os próximos confrontos.
De acordo com o ala Arthur Belchor, o time está “com a cabeça boa e bem motivado”. “A gente entra em quadra com o objetivo de ganhar. Independente de qualquer outra questão, um time como o nosso, que tem grandes ambições dentro do campeonato, vai fazer o melhor possível dentro de quadra”, afirmou ele.
O elenco do BRB/Brasília conta com algumas baixas que acabam se tornando uma pequena dificuldade. O ala Gui Bento rompeu o ligamento cruzado anterior e passa por cirurgia ainda esta semana, com previsão de volta daqui oito meses.
O ala/pivô Paulo Scheuer teve um estiramento no ligamento do ombro, mas deve retornar no confronto contra Rio Claro, no dia 20 deste mês. A última baixa foi do próprio Arthur, que vinha tratando uma lesão meniscal e tem a possibilidade de jogar neste sábado (17/12).
Entretanto, mesmo com essa adversidade, o técnico Dedé Barbosa aposta que essa é uma oportunidade para alguns atletas se mostrarem mais. “Lógico que a gente queria ter o time todo disponível, principalmente para a gente suportar a intensidade dos jogos, mas não podemos dar desculpas. Todo time passa por isso e temos que encarar também como uma boa oportunidade para aqueles que estão em quadra de jogarem mais”, explica.
O treinador ainda pontua sobre o momento que a equipe vive: “Esses jogos, até o final de 2022, vão direcionar se a gente está com chances boas de entrar no Super 8 ou não. Temos que ter o pé no chão. Teremos jogos em casa e duas partidas fora de Brasília e sabemos da importância de cada duelo”.
Vitória em casa nesta temporada do NBB
Apesar de uma boa sequência de jogos, o Brasília não venceu dentro de casa, na Arena BRB Nilson Nelson. O resultado é um grande desejo dos jogadores e do time.
Para o armador Ricardo Fischer, os torcedores “merecem essa vitória”. “Estamos dando nosso máximo e tenho certeza de que a vitória vai sair. Temos três jogos muito duros até o final do ano e queremos vencer para alcançarmos nossos objetivos. Além disso, teremos pouquíssimo tempo de treino, então será preciso descansar e trabalhar a mentalidade para conquistar nossas metas”, afirmou.
Arthur também acredita que uma vitória com a presença da torcida e no ginásio que recebe o grupo há um tempo é importante para ganhar confiança. “Todo time bom, que tem ambições grandes, tem que ser forte e ter bastante vitórias em casa. A gente sabe que os adversários são fortes, mas temos de buscar ganhar até para trazer eles para trás [na tabela] e a gente conseguir subir nessa reta final do primeiro turno”, disse ele.
Barbosa, por outro lado, relembra a vitória sobre o Cerrado Basquete, mais um representante da capital do NBB, mas aponta que, apesar de ter acontecido em Brasília, não foi em casa.
“No segundo turno, a gente vai jogar muito mais em casa do que fora. Eu acredito que o time está preparado e se sente bem. Já provou que fora de Brasília joga super bem e essa pressão é boa. Eu adorei a torcida no clássico contra o Cerrado, a gente precisou demais, porque foi um jogo difícil. E a torcida agregou”, comentou.
Um bom grupo
Apesar das diferentes visões do campeonato e o que é necessário fazer para se alcançar mais vitórias, Dedé Barbosa, Arthur Belchor e Ricardo Fischer têm uma opinião em comum: a qualidade do grupo.
O camisa 4 e integrante mais antigo da equipe afirma que o elenco é formado por “jogadores novos, ambiciosos e que sonham com coisas grandes”. “A gente está motivado e o grupo está unido internamente. Todos estão bem focados e fechados com o objetivo traçado para essa etapa da competição”, relatou.
Barbosa exalta essa química entre o grupo, que, segundo ele, acontece “tanto dentro quanto fora de quadra”. “Se não tiver química ou união, não tem como a gente almejar nada”, disse o comandante.
“Preciso enaltecer o grupo. Todo mundo, desde os jogadores até o roupeiro, técnico e diretor da equipe. É um excelente grupo. Mesmo longe das famílias e passando por momentos delicados, todos são extremamente profissionais e é preciso dar os parabéns à equipe por conseguir passar pelas adversidades para defender a camisa do Brasília, que é maior do que os problemas que estamos enfrentando”, finaliza Fischer.