Concessão de Interlagos é vista como trunfo para manter Fórmula 1
A meta é manter a corrida na capital paulista pelo menos até 2030
atualizado
Compartilhar notícia
A prefeitura de São Paulo e os organizadores do GP do Brasil garantiram nesta quinta-feira (07/11/2019) que continuam otimistas com as negociações para renovar o contrato com o comando da Fórmula 1 e manter a realização da prova no Autódromo de Interlagos. Um dos trunfos para prolongar o acordo para além do prazo atual, que se encerra em 2020, é a concessão do circuito. A meta é manter a corrida na capital paulista pelo menos até 2030. A edição 2019 do evento será no próximo dia 17.
Na manhã desta quinta-feira o secretário municipal da Casa Civil e Turismo, Orlando Faria, o secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Victor Aly, estiveram em Interlagos junto com o promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi. O encontro serviu para marcar a conclusão de uma reforma na área dos boxes. O investimento de R$ 41 milhões do governo federal e mais R$ 3,5 milhões da Prefeitura modernizou a área, que agora está com novo piso, teto mais alto e sem divisórias fixas.
Representante do prefeito Bruno Covas na vistoria, Faria afirmou que a reforma deixa o autódromo ainda mais atrativo para a Fórmula 1 e disse que a concessão do circuito, que teve o edital publicado nesta quinta, mostra para a categoria o quanto a cidade de São Paulo está disposta a manter a Fórmula 1.
“Ao conceder o autódromo e exigir investimentos, demonstramos para a Fórmula 1 o nosso compromisso de manter o autódromo no nível mais alto. Não tem uma relação direta, mas é uma demonstração de compromisso para manter o equipamento no maior nível possível”, explicou.
O GP do Brasil é realizado em São Paulo de forma ininterrupta desde 1990. A última renovação de contrato foi assinada em 2014, quando teve como contrapartida do poder público a realização de uma ampla reforma em Interlagos. O valor total da revitalização é de R$ 160 milhões, valor aplicado desde 2015 na construção de novas áreas para trabalho das equipes. Deste total, R$ 41 milhões foram investidos na reforma dos boxes, vistoriada pela Prefeitura nesta quinta.
O promotor do GP do Brasil, Tamas Rohonyi, contou que no começo de outubro esteve em Londres para uma reunião com a chefia da Fórmula 1 e voltou de lá otimista por um novo acordo. “Nossa negociação não é pública, nem pode ser. Posso dizer que a negociação continua. Está indo muito bem. Acredito que o contrato será renovado até 2030, que é o nosso objetivo”, disse. Além de São Paulo, o Rio de Janeiro quer receber a corrida. A prova seria realizada em um autódromo a ser construído no bairro de Deodoro.
Término em janeiro
O pacote completo de obras em Interlagos só vai terminar em janeiro. A parte faltante é a cobertura do paddock. “Falta fazer a cobertura. Só não fizemos porque vai ficar para a realização da WEC (Mundial de Endurance, em janeiro). Aí sim vamos terminar totalmente a área”, explicou o secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Victor Aly.
Entre as novidades para as equipes para o GP deste ano, estão os boxes com um teto 80 centímetros mais alto e com portas elétricas em vez de manuais. Todo o prédio ganhou um piso novo, mais claro, e iluminação de LED. Como não há mais divisórias fixas, cada escuderia terá mais autonomia para configurar o espaço de acordo com o interesse e com a quantidade de equipamentos.
Parte dos pertences das equipes já começou a chegar e está guardado no autódromo. Parte das cerca de 700 toneladas de equipamentos veio de navio e está em São Paulo desde a semana passada.