Retorno da F1 após pandemia: Bottas vence GP da Áustria; Hamilton é punido
Finlandês liderou tanto o treino de classificação como a primeira prova da temporada; Leclerc e Norris completam o pódio
atualizado
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Com uma atuação segura, bem a seu estilo, destoando dos adversários em uma corrida caótica e com vários abandonos, o finlandês Valtteri Bottas sustentou a primeira colocação do começo ao fim e venceu o GP da Áustria, faturando a primeira vitória da temporada de 2020 da Fórmula 1. Ele mostrou tranquilidade para resistir às investidas do companheiro de Mercedes Lewis Hamilton, que foi punido e ficou fora do pódio.
Bottas conquistou a oitava vitória na carreira, a segunda no circuito Red Bull Ring de Spielberg, na Áustria. O finlandês da Mercedes fez a pole no treino classificatório e teve tranquilidade e competência para manter o primeiro lugar até o fim, finalizando a corrida em 1h30min55s739. “Lewis estava veloz hoje, mas eu consegui manter a calma. Não há melhor jeito de começar a temporada”, celebrou.
Punido com três posições no grid de largada por desacelerar em bandeiras amarelas no treino classificatório depois do protesto da Red Bull junto à FIA, Lewis Hamilton largou em quinto. O hexacampeão mundial logo recuperou a posição e correu em segundo por quase toda a corrida. No entanto, o piloto da Mercedes recebeu punição dos comissários da prova de 5s por um toque no carro do tailandês Alexander Albon no final e acabou fora do pódio, em quarto lugar, seu pior resultado na abertura de uma temporada desde 2014, quando abandonou o GP da Austrália.
Assim, a segunda colocação ficou com o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, que teve uma excelente performance apesar das limitações de seu carro. O pódio foi completo pelo jovem inglês Lando Norris, da McLaren, que chegou entre os três melhores pela primeira vez na carreira e foi um dos destaques da corrida. “Estou sem palavras. Em alguns momentos, eu achei que tinha vacilado, mas eu consegui passar o Pérez e subir no pódio. Estou tão feliz e orgulhoso pelo time”, disse Norris, dono da volta mais rápida da pista.
Como previsto, a cerimônia de entrega dos troféus foi bem diferente do usual. Os três pilotos se mantiveram distantes uns dos outros no pódio e usaram máscaras de proteção, obedecendo ao protocolo de prevenção à Covid-19. Ao final do hino da Alemanha, em comemoração ao triunfo da Mercedes, não houve abraços e cada um comemorou com seu champagne.
Um dos favoritos a brigar pelo topo, Max Verstappen, que largou no segundo posto, beneficiado com a punição a Hamilton, teve um dia para esquecer. O seu carro da Red Bull sofreu uma pane e ele teve de abandonar a prova após 12 voltas, quando era vice-líder e mantinha a perseguição a Bottas. O holandês, que venceu na Áustria em 2018 e 2019, foi aos boxes e ainda tentou voltar à pista, mas o carro parou.
Verstappen não foi o único a não cruzar a linha de chegada. Foi uma prova à moda antiga, caótica, cheia de alternância de posições, disputas e marcada por uma série de abandonos. No final, apenas 11 pilotos completaram o percurso. Kevin Magnussen, Romain Grosjean, Kimi Raikkonen, Lance Stroll, Daniel Ricciardo, George Russell, Daniil Kvyat e Alexander Albon foram os outros a abandonar.
O espanhol Carlos Sainz, da McLaren, cruzou a linha de chegada em quinto, seguido pelo mexicano Sergio Pérez, da Racing Point. Os franceses Pierre Gasly, da AlphaTauri, e Esteban Ocon, da Renault, apareceram na sétima e oitava colocações, respectivamente, e o italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, foi o nono. O alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, completou o grupo dos dez melhores colocados. O tetracampeão mundial amargou seu pior início na categoria desde a temporada de 2014, quando não terminou a prova em Melbourne.
Antes da largada, a maioria dos pilotos se ajoelhou em sinal de protesto contra o racismo. O movimento foi liderado por Hamilton, o único negro na categoria e que se posiciona com frequência e veemência em favor de justiça racial. Todos usaram camisetas pretas com mensagens antirracistas.
Em razão do calendário apertado e dada a limitada opção de circuitos em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Fórmula 1 optou por realizar rodadas duplas nesta temporada. Assim, a próxima corrida será novamente na Áustria, no próximo domingo (12/7).
A categoria usou a criatividade para criar nomes para diferenciar as duas provas realizadas no mesmo país. A próxima corrida é o GP da Estíria, estado austríaco onde se localiza o autódromo, na cidade de Spielberg.
Confira a classificação do GP da Áustria:
1° – Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), em 1h30min55s739
2º – Charles Leclerc (ALE/Ferrari), a 2s700
3º – Lando Norris (ING/McLaren), a 5s491
4º – Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 5s689
5º – Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a 8s903
6º – Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a 15s092
7º – Pierre Gasly (FRA/Red Bull), a 16s682
8º – Esteban Ocon (FRA/Renault), a 17s456
9º – Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a 21s146
10º – Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 24s545
11º – Nicholas Latifi (CAN/Williams), a 31s650
Abandonaram a prova:
Max Verstappen (HOL/Red Bull)
Kevin Magnussen (DIN/Haas)
Romain Grosjean (FRA/Haas)
Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo)
Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri)
Alexander Albon (TAI/Red Bull)
Daniel Ricciardo (AUS/Renault)
Lance Stroll (CAN/Racing Point)
George Russel (ING/Williams)