Mesmo de “férias”, Fórmula 1 tem semana repleta de caos
Próxima corrida ocorrerá em 28 de agosto, mas categoria conseguiu ser assunto graças à dança das cadeiras
atualizado
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Após o GP da Hungria, realizado no último 31 de julho, a Fórmula 1 faz uma pausa até 28 de agosto, quando ocorrerá o Grande Prêmio da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps. O intervalo entre uma corrida e outra, no entanto, está longe de ser calmo, e a categoria continua fornecendo conteúdo para seus admiradores.
Na primeira semana de teórico “descanso”, após a corrida da Hungria, a Fórmula 1 viveu uma semana agitada, com o início de uma dança das cadeiras e diversas especulações que devem se estender ao longo das últimas semanas.
Tudo começou dias antes da prova no circuito de Hungaroring, em 28 de julho, quando o tetracampeão Sebastian Vettel anunciou a aposentadoria ao fim da atual temporada. “Eu amo este esporte. Ele tem sido central na minha vida desde que me lembro. Mas tanto quanto há vida na pista, há minha vida fora dela também. Ser um piloto de corrida nunca foi minha única identidade”, afirmou.
Com Vettel fora, uma vaga na Aston Martin para 2023 ficou em aberto. E, aí, os dominós começaram a cair.
Acordos apressados
Um dia após o GP da Hungria, com o assento de Vettel ainda quente, a Aston Martin anunciou novo campeão mundial para substituir o alemão: Fernando Alonso. “A Aston Martin está claramente aplicando a energia e o compromisso para vencer e, portanto, é uma das equipes mais empolgantes da Fórmula 1 hoje. Vi como ela atraiu sistematicamente grandes pessoas com pedigrees vencedores e percebi o enorme compromisso com novas instalações e recursos em Silverstone. Ninguém na Fórmula 1 hoje está demonstrando visão maior e compromisso absoluto com a vitória, e isso faz com que seja uma oportunidade realmente empolgante para mim”, declarou o experiente bicampeão, de 41 anos.
Com a situação da Aston Martin resolvida para 2023, o reforço de Alonso criou um buraco na Alpine. E aqui a trama começa a ficar complexa.
No dia seguinte ao anúncio de Alonso na Aston Martin (1/8), a Alpine divulgou que o substituto do espanhol seria Oscar Piastri, australiano de 21 anos, campeão da Fórmula 2 em 2021 e piloto da Academia de Desenvolvimento da equipe francesa. A Alpine, no entanto, parece ter esquecido de combinar com o próprio Piastri o reforço para 2023.
Horas depois de ter sido anunciado como companheiro de Esteban Ocon, Piastri usou suas redes sociais para desmentir o acordo. “Entendo que, sem o meu consentimento, a Alpine F1 divulgou um comunicado esta tarde afirmando que eu serei piloto deles no ano que vem. Isso está errado, e eu não assinei nenhum contrato com a Alpine em 2023. Eu não serei piloto da Alpine no ano que vem”, escreveu.
Como era de se esperar, o caos e as especulações reinaram sobre o que teria acontecido entre Alpine e Piastri, situação que aos poucos foi se esclarecendo.
Rinha de australianos
Na última sexta-feira (5/8), o site holandês Racingnews365.com divulgou que Daniel Ricciardo não faz parte dos planos da McLaren para 2023, e que o substituto do carismático australiano deverá ser o conterrâneo Oscar Piastri. Segundo o site, o Conselho de Reconhecimento de Contratos da FIA, inclusive, já teria validado um contrato entre Piastri e a equipe inglesa.
Caso tal acordo seja oficializado, a Alpine ainda tem um assento para preencher para 2023. Vale a pena ficar atento à situação da Williams, já que se especula que esta deve ser a última temporada de Nicholas Latifi na equipe inglesa.
As próximas semanas devem fornecer novas respostas em relação a como será a aparência do grid para 2023 – assim como novas perguntas.