Joias de Hamilton podem trazer “anos de sofrimento”, diz ex-piloto
Presidente da Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA), Alex Wurz afirmou que a regra é boa, mas não foi bem tratada pela FIA
atualizado
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O presidente da Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA), o ex-piloto Alex Wurz, comentou sobre o embate entre o piloto Lewis Hamilton e a Federação Internacional do Automóvel (FIA) em relação às novas regras de uso de joias, piercings e roupas íntimas adequadas impostas pela entidade na Fórmula 1.
De acordo com Wurz, a regra é boa, mas não foi bem tratada pela FIA. A imposição foi informada pelos diretores de corrida no GP de Miami, que aconteceu em 8 de maio. Na ocasião, o debate tomou novas proporções com os protestos silenciosos do heptacampeão e do piloto Sebastian Vettel.
O ex-piloto afirmou que a importância da mensagem, passada pelas regras da entidade, deveria ser passada de maneira diferente. “Esta regra existe pelas razões certas. Eu talvez preferisse uma abordagem diferente na forma como a FIA transmitiu essa mensagem. Vocês têm que trabalhar juntos. Esse é um estilo que eu teria preferido neste caso”, pontuou ele.
Para o presidente, a segurança dos pilotos se tornou uma prioridade principalmente depois de conversar com o ex-piloto de F1, Kris Nissen, que sofreu um grave acidente no circuito de Fuji, em 1988. No evento, o carro dele pegou fogo.
“Ele [Nissen] mostrou seu corpo e disse: ‘olha isso’. A coisa mais dolorosa sobre o incêndio, que nem durou tanto tempo, foi a sua roupa de baixo normal queimada em sua pele e isso durou anos de agonia. Isso me ensinou”, explicou Wurz.
Alex usa essa experiência para apoiar as novas regras da FIA. Ele também defende que o mesmo serve para as joias: “Eu não gostaria de viver com essas consequências se tudo o que você tivesse que fazer, fosse apenas trocar sua roupa íntima por material à prova de fogo. O mesmo vale para as joias”.
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