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Hamilton revela que bullying na infância motiva fair play na Fórmula 1

Inglês afirma que prefere resolver suas questões na pista e tenta manter um jogo mais limpo durante as provas

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Dan Istitene – Formula 1/Formula 1 via Getty Images
Lewis Hamilton
1 de 1 Lewis Hamilton - Foto: Dan Istitene – Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Em algumas ocasiões, Lewis Hamilton demonstra um certo fair play e uma postura mais limpa em provas na Fórmula 1, evitando colisões, por exemplo. E segundo o britânico, o comportamento é resultado do bullying que sofreu na infância.

O problema está presente na vida de Hamilton desde a adolescência, com o preconceito por ser um piloto negro no circuito.

“É assim que meu pai me criou. Ele me dizia para sempre responder na pista. Sofri bullying na infância, na escola e nas pistas, então queríamos vencê-los da maneira certa, não com uma colisão. Assim não dá pra negar que você é o melhor. Se você bater, podem dizer “ah, mas essa é uma tática daquele piloto”. Quero ser o mais puro dos pilotos, pela velocidade, pelo trabalho árduo e pela determinação, assim não terá como negar tudo o que conquistei, no fim”, revela.

O trabalho da equipe também é levado em conta por Hamilton no momento de manter uma postura menos agressiva nas provas.

“Às vezes você perde pontos ao fazer isso, com certeza, mas não é apenas sobre mim. Tenho duas mil pessoas atrás de mim, trabalhando, e por meio dessa decisão egoísta que eu poderia tomar, posso custar todos os bônus de cada um da minha equipe no final do ano, todo o trabalho duro que eles têm que fazer. Estou ciente dessas coisas”, diz.

Apesar de manter a postura em grande parte da temporada, o piloto também acredita que às vezes tem que jogar o jogo de forma diferente.

“Se você está do lado de fora, dar ré é a opção sensata quase o tempo todo. Mas se você vem por dentro, há cenários em que eu acredito que estava certo. Em Silverstone, por exemplo; minha roda dianteira estava ao lado da roda dianteira dele, não ao lado da traseira. Se eu tivesse feito a abordagem que ele fez no Brasil, qual seria padrão adotado? Mas de qualquer forma, não me importo de ser aquele que precisa tirar o pé, não so bem-sucedido demais pra não fazer isso e lutar em outro dia. Sei que esse às vezes é o melhor caminho a se tomar. Você precisa ser mais esperto”, afirmou Hamilton.

Na caça ao líder Max Verstappen, Hamilton reencontrará o holandês no dia 5 de dezembro, na penúltima prova da temporada, na Arábia Saudita.  O inglês tem 343,5 pontos contra 351,5 de Verstappen.

 

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