Fittipaldi diz o que é mais fácil e mais difícil na Fórmula 1 atual
O ex-piloto surpreendeu ao dizer que é mais complicado atingir o limite do carro em 2021 do que quando estava no cockpit, na década de 1970
atualizado
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Primeiro brasileiro bicampeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi comparou a categoria atual à de sua época. Em entrevista ao Site de Apostas, o ex-piloto surpreendeu ao dizer que é mais difícil atingir o limite do carro em 2021 do que quando estava em um cockpit, nas décadas de 1970 e 1980.
“A principal diferença é a segurança. É muito mais seguro agora. A eletrônica, a telemetria, o motor, para ajudar o motorista a desenvolver um carro e dirigir melhor. Hoje é mais fácil tirar informações do carro do que as que tínhamos. Mas chegar ao limite e quebrar os últimos cinco metros é mais difícil hoje em dia do que naquela época”, afirma Fittipaldi.
Aos 74 anos, Fittipaldi viu seu neto Pietro estrear na Fórmula 1 no ano passado. Além deles, a família já alinhou no grid da principal categoria de automobilismo do mundo outros dois nomes: Wilson e Christian.
Renovação prejudicada
A renovação de talento dentro da família é algo raro de se ver, sobretudo porque a base no Brasil está fragilizada. Emerson Fittipaldi acredita que irá demorar para outro piloto brasileiro brilhar na F1.
“Tivemos grandes pilotos, Barrichello, Felipe Massa… A história dos pilotos brasileiros é fantástica e eu tenho muito orgulho, mas é difícil voltar a ganhar um campeonato. Eu olho para a nova geração, muitos jovens pilotos brasileiros vêm do kart, como o Emmo (Emerson Fittipaldi Jr, filho de Fittipaldi)… Acho que a razão de não termos um brasileiro dirigindo na F1 agora é porque houve uma lacuna, onde não teve apoio nas bases da corrida. Não temos Fórmula 4 no Brasil e deveríamos ter. Eles precisam ajudar pilotos desta idade, e ainda mais jovens, muitos não têm oportunidade”, alerta o bicampeão.