Fernando Alonso: carros mais pesados representam perigo extra na F1
Para o piloto espanhol, o peso dos carros traz mais riscos nas pistas, como ficou visível nos acidentes de Mick Schumacher
atualizado
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O piloto mais velho do grid deste ano, Fernando Alonso, da Alpine, precisou ser o primeiro a falar sobre um fator que pode se tornar um grande problema para a Fórmula 1: o peso dos carros.
Nas duas grandes batidas de Mick Schumacher, da Haas, o carro do piloto teve o mesmo fim. Ao bater nas barreiras de proteção, o automóvel se partiu ao meio. O mais recente acidente foi no GP de Mônaco, realizado no último domingo (29/5).
“O acidente foi muito sério. O carro ficou dividido em dois, a caixa de câmbio foi separada do chassi. Aconteceu o mesmo em Jeddah [GP da Arábia Saudita]. Por sorte ele ficou bem, mas espero que a experiência nos ensine algo, que a FIA e a Fórmula 1 cheguem a alguma conclusão”, afirmou Alonso.
Para o espanhol, a conclusão é de que o veículo não havia erros. “O carro não partiu ao meio porque havia alguma falha nele. O problema não está na construção dos carros, mas no peso deles. Os carros são muito pesados, têm mais de 800 kg. Então a força da inércia ao bater no muro é muito maior do que antes”, explicou.
Na estreia de Fernando na F1, em 2001, os automóveis pesavam 600 kg. Desde então, mudanças como a proibição de reabastecimento, a implementação de tecnologias híbridas e, inclusive, a adoção de novas medidas de segurança tornaram os carros maiores e mais pesados.
As tentativas de diminuir o peso, entretanto, faz com que as equipes sacrifiquem a pintura do carro, correndo com a fibra de carbono exposta, ou optem por materiais mais leves, implicando em mais fragilidade, geralmente.
Essa foi a razão dos problemas de Max Verstappen em Barcelona. No circuito, a Red Bull testou um aerofólio traseiro “light” em seu carro. Os engenheiros levaram o carro ao limite e os elementos da asa móvel não funcionaram corretamente.
“Quando você tem um problema de peso, vai fazer peças mais leves. Chegamos ao limite. Ou as partes dobram ou não têm a rigidez necessária. Estamos em uma corda-bamba”, afirmou Marko, o conselheiro da equipe.
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