Excluído da Fórmula 1, Mazepin vê injustiça e pretende criar fundação
Piloto russo teve contrato rompido pela Haas e está fora da Fórmula 1 devido à invasão de seu país à Ucrânia
atualizado
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Após ter seu contrato rompido com a Haas e sair da Fórmula 1, Nikita Mazepin se pronunciou sobre a decisão. O piloto se disse injustiçado pela categoria e prometeu criar a fundação “We compete as one” (Nós competimos como um, na tradução em português), para ajudar atletas prejudicados pela guerra.
“Essa decisão da Haas não foi baseada nem em uma diretriz do órgão regulador do esporte ou ditada por qualquer sanção contra eu, meu pai ou a empresa dele. E, claro, eu não acho que isso seja justo”, afirmou.
“Eu faço a pergunta: não há lugar para neutralidade no esporte? Um atleta não tem o direito a uma opinião, mas a manter a opinião fora do espaço público? Um atleta deveria ser punido por isso? E nós todos queremos que o esporte se torne mais um espaço público para protestos e debates políticos?”
“Todos sabemos de casos onde um país se recusa a competir com outro nas Olimpíadas por causa das desavenças políticas. Vimos nos anos 1980 uma geração de atletas que perderam os sonhos e a chance de competir no mais alto nível quando os países começaram a se boicotar”, continuou, em entrevista por meio de videoconferência em Moscou.
“Eu absolutamente não vejo a Fórmula 1 como um capítulo encerrado para mim. Vou me manter em condição de corrida. Estarei pronto para aproveitar a oportunidade, se surgir. No momento, só estou de olho na F1, em nenhuma outra categoria. Não planejo participar em diferentes séries ou campeonatos. Vou agora focar toda minha atenção e tempo nesta fundação”.