Carros de corrida e troféus de Fittipaldi são penhorados pela Justiça
Além dos veículos, ex-piloto brasileiro também teve taças penhoradas por dívida de R$ 416 mil
atualizado
Compartilhar notícia
Em decisão tomada pela juíza Fabiana Marini, a Justiça de São Paulo determinou a penhora de carros e troféus do ex-piloto Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial de Fórmula 1, por conta de uma dívida de R$ 416 mil. A informação é do UOL.
O processo foi movido pela Sax Logística de Shows e Eventos por uma prova de automobilismo promovida por Emerson Fittipaldi, a 6 horas de São Paulo – Campeonato Mundial de Endurance.
A empresa foi contratada para suceder o processo de liberação na alfândega dos carros e equipamentos para a competição, além do fretamento de aviões e contêineres. Porém os valores combinados não foram pagos e, hoje, o valor é estipulado em R$ 416 mil, com juros e multa.
Os bens que a Justiça decidiu penhorar estão localizados na avenida Rebouças, em São Paulo, sede da empresa do ex-piloto.
No imóvel estão guardados, por exemplo, o carro Copersucar 1976, da Escuderia Fittipaldi, a única equipe originalmente brasileira da Fórmula 1 e a taça do bicampeonato mundial.
Defesa
Em documento enviado à Justiça, os advogados de Fittipaldi contestaram a penhora. Segundo eles, o ex-piloto não é o proprietário dos bens. Segundo os contratados, os patrimônios pertencem ao Museu Fittipaldi, criado em 2003.
“O museu não é parte litigante do processo, e a penhora dos bens que lhe pertencem é irregular. Fittipaldi sequer é administrador do Museu Fittipaldi, sendo apenas membro presidente do conselho de deliberação”, explica a defesa de Fittipaldi à Justiça.
E, ainda de acordo com os advogados, os bens não podem ser leiloados, pois teriam sido trazidos ao Brasil através de um acordo com a Receita Federal, onde não houve a cobrança de impostos.
A Sax Logística de Shows e Eventos informou que as alegações da defesa de Fittipaldi são uma manobra do ex-piloto para ocultar bens.
Fittipaldi respondeu à acusação de fraude dizendo que o museu foi constituído muito anos antes da assinatura do contrato com a empresa. Mesmo com a argumentação, a juíza Fabiana resolveu manter a decisão da penhora, ressaltando que o endereço do museu é o mesmo da empresa executada, o que indicaria uma evidente confusão patrimonial. O ex-piloto ainda pode recorrer a decisão.