Atletas de futebol americano buscam apoio na Câmara para manter jogos nos estádios
Jogadores querem a abertura dos espaços para receber partidas da bola oval. Clubes tradicionais querem exclusividade nos gramados
atualizado
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Representantes de quatro equipes de futebol americano estiveram na tarde desta terça-feira (6/10) na Câmara Legislativa para pressionar os deputados distritais pelo direito de utilizar os estádios do Distrito Federal para a prática do esporte. A ida ao plenário rendeu aos jogadores a liberação do Bezerrão, no Gama, neste sábado (10/10), para um dos jogos da Liga Nacional de Futebol Americano, a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. O duelo será entre Brasília V8 e Leões de Judá, às 14h.
Conforme mostrou reportagem do Metrópoles, clubes tradicionais e as equipes de futebol americano estão em pé de guerra, disputando a agenda dos estádios. A Federação Brasiliense de Futebol (FBF) defende a exclusividade dos espaços para a prática da bola redonda. Na semana passada, uma partida marcada para a turma da bola oval foi desmarcada para que o Serejão, em Taguatinga, recebesse um jogo da Segunda Divisão do Candangão.
Nesta quarta (7), representantes dos clubes de futebol americano se reúnem, às 16h, com o vice-governador Renato Santana (PSD) para entregar um abaixo-assinado pedindo a abertura dos estádios para o eventos da bola oval. Os atletas ainda pedem uma audiência pública nos próximos dias para discutir o assunto, ampliando a abertura dos estádios para outro esportes, como críquete e o rúgbi.
Questão política
O presidente do Tubarões do Cerrado, Rafael Nakura, 27 anos, denuncia que há um fator político impedindo a prática do esporte nos campos da cidade. “Estamos aqui para que eles fiquem cientes da nossa situação”, apontou. Jogador da seleção brasileira e do Tubarões do Cerrado, Felipe Marques, 24, viu como positiva a reunião na Câmara Legislativa: “Eles não querem que proíbam a prática esportiva, ainda mais com pouco uso dos estádios”.
O ex-secretário de Esporte e distrital Julio César (PRB) apoiou a causa dos jogadores. “Muita gente diz que o esporte destrói o campo, mas isso não é verdade. Já usamos até o Mané Garrincha, com chuva, e não teve dano. Isso que está acontecendo é algo político por parte de alguns dirigentes do futebol tradicional que querem impedir o futebol americano”, disse.