Atiradora campeã do DF busca patrocínio e mira Tóquio 2020
Objetivo inicial é conseguir chegar ao Panamericano do Peru, em 2020, para conseguir vaga nas Olimpíadas do Japão
atualizado
Compartilhar notícia
Em busca do sonho olímpico, a piauiense Andressa Tamires da Silva Sousa, 20 anos, natural de Oeiras, cidade de 36 mil habitantes e distante 315 quilômetros da capital, Teresina, luta para conseguir participar de competições nacionais e internacionais, mirando uma vaga em Tóquio, em 2020.
Colecionadora de recordes de pontuação, Andressa deixou a casa dos pais e mudou-se para Brasília em 2017, com a finalidade de se formar biomédica. Moradora da Cidade Estrutural, a estudante chega a gastar R$ 500 por mês com munições durante os treinos na Federação Brasiliense de Tiro Esportivo (FBTE).
No primeiro ano como atleta, com apenas 15 anos, a piauiense bateu o recorde da prova de pistola de ar de 10 metros. O feito inédito garantiu a ela o título de campeã e despertou na então adolescente o gosto pela modalidade e pelos desafios encontrados em cada prova.
Andressa é beneficiária do programa Bolsa-Atleta, da Secretaria de Esportes, desde 2015, quando iniciou sua carreira vencedora, mas, sem outros patrocinadores e recursos próprios para viajar aos locais de competição, ela tem perdido provas que poderiam fazê-la subir no ranking de tiro feminino. Em 2016, ela perdeu a oportunidade de viajar ao Chile com a equipe brasileira por falta de verbas para participar de uma seletiva no Rio de Janeiro.
O primeiro título internacional veio em 2017, com a conquista da II Copa Sul-Americana no Rio de Janeiro, quando foi ouro por equipe e bronze no individual. O ano seguinte, 2018, também foi de vitórias: conseguiu o Índice América, o título brasileiro de carabina de ar e o bicampeonato brasiliense. Ao todo, ele já passou pelo pódio mais de 40 vezes na carreira.
“Uma viagem internacional custa entre R$ 10 e R$ 12 mil. Estou sempre melhorando meus índices e subindo no ranking, mas fica difícil participar das provas sem um patrocinador. Tentei entrar no programa de atletas das Forças Armadas e na Seleção Brasileira, mas, pela pouca idade, não passei”, conta a atiradora.
O foco de Andressa, agora, é participar do Panamericano 2019, no Peru. A atleta espera que o principal evento esportivo das Américas seja a porta de entrada para a maior festa do esporte no mundo, em Tóquio.
Empresas que patrocinam atletas têm, por direito legal, o custo reduzido sobre o Imposto de Renda, estabelecido pela Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/2006). O texto permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos. As empresas podem investir até 1% desse valor e pessoas físicas, até 6% do imposto devido.
Contatos por meio do endereço eletrônico silvaandressa1515@gmail.com.