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Argentina vence Brasil em jogo marcado por pancadaria generalizada

Brasil x Argentina começou com meia hora de atraso após confusão envolvendo as torcidas; Otamendi marcou o gol da vitória

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Otamendi, zagueiro da Argentina comemorando gol contra Brasil - Metrópoles
1 de 1 Otamendi, zagueiro da Argentina comemorando gol contra Brasil - Metrópoles - Foto: Buda Mendes/Getty Images

Em jogo quente, com 42 faltas, o Brasil saiu derrotado de campo pela Argentina, nesta terça-feira (21/11), pela 6ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, com gol do zagueiro Otamendi.

A partida começou com 30 minutos de atraso, após pancadaria generalizada envolvendo brasileiros e argentinos, e a polícia também batendo com cassetetes em parte do público. A seleção argentina chegou a sair de campo e ameaçou não retornar ao jogo.

Em imagens que rodaram o mundo, era possível ver pessoas com o rosto sangrando e pais carregando crianças chorando para fora do estádio.

Com o resultado, a Seleção Brasileira ocupa o 6º lugar na tabela de classificação das Eliminatórias para a Copa, com sete pontos, sendo duas vitórias, um empate e três derrotas. A Argentina é a líder, com 15 pontos.

O jogo

Sem poder contar com suas principais estrelas, Neymar e Vinícius Júnior, o técnico Fernando Diniz manteve o esquema com quatro atacantes. Ele teve de mexer na lateral-esquerda, lançando Carlos Augusto na vaga de Renan Lodi, que começou no banco de reservas.

E o Brasil começou o jogo ligado no 220. O time de Diniz pressionava a saída de jogo dos argentinos, que tentavam manter a posse de bola. Por outro lado, os brasileiros abusavam das faltas, algumas violentas, e Gabriel Jesus e Raphinha acabaram recebendo cartão amarelo.

Com Messi apagado em campo e sentindo dores na coxa, os argentinos pouco criaram no primeiro tempo, assim como o Brasil, que somente ameaçou o gol de Dibu Martínez com uma falta cobrada por Raphinha. A equipe canarinha, no entanto, teve a grande chance do jogo antes do intervalo: após cobrança de escanteio, Martinelli chutou forte, e Romero salvou em cima da linha, evitando o gol brasileiro.

O Brasil seguiu melhor no segundo tempo. O técnico mexeu no time e colocou Nino na vaga de Marquinhos. E a Seleção manteve a mesma pegada, pressionando a Argentina em seu campo de defesa. Antes dos 10 minutos, os comandados de Diniz criaram duas boas oportunidades de gol, com Rodrygo e Raphinha.

Aos 12 minutos, mais uma chance perdida: Gabriel Jesus arrancou pela esquerda, e a bola sobrou livre para Martinelli, mas o atacante do Arsenal chutou em cima do goleiro da Argentina. E, como quem não faz leva, o Brasil acabou sofrendo o gol.

Em escanteio, Otamendi subiu mais alto do que André e Gabriel Magalhães e cabeceou no ângulo, sem chances para Alisson, abrindo o placar aos 17 minutos, para festa da torcida argentina no Maracanã. Após o gol dos argentinos, Diniz mexeu novamente na equipe, lançando o jovem Endrick e o meia Joelinton, do Newcastle.

Scaloni também mexeu no seu time, reforçando o meio de campo e a defesa. Diniz foi para o tudo ou nada, colocando Raphael Veiga e Douglas Luiz em campo. Mas, assim como em jogos anteriores sob o comando do treinador, as mudanças não surtiram efeito, e o Brasil pouco criou após sofrer o gol.

As coisas pioraram ainda mais quando Joelinton foi expulso por uma suposta cotovelada em De Paul.

E, assim, sob vaias da torcida e gritos de “olé”, o Brasil sofreu a primeira derrota em casa na história das Eliminatórias Sul-Americanas.

Pós-jogo

Após a partida, em entrevista coletiva, o técnico Fernando Diniz lamentou o resultado, mas disse ter gostado da postura do time no jogo.

“Se não foi a melhor (partida da seleção sob seu comando), foi uma das melhores. Estivemos mais perto da vitória o jogo todo diante da Argentina. Foi um resultado bastante injusto”, afirmou o técnico.

“Tivemos muitas oportunidades, teve bola na trave, escanteios perigosos. A jogada do Jesus com o Martinelli, mas a bola não entrou. A construção hoje, você vê muito trabalho coletivo”, disse.

Já o craque e capitão da Argentina, Lionel Messi, falou sobre o lamentável episódio antes de a bola rolar. “Vimos como a polícia estava batendo nas pessoas, e estávamos com alguns familiares nossos aqui. Isso aconteceu também na final da Libertadores. Eles estão mais focados nisso do que em jogar”, reclamou Messi. “Nós somos uma família e decidimos jogar para acalmar a situação”, explicou.

O camisa 10 comemorou a vitória e elogiou o grupo argentino. “Este grupo continua a conquistar coisas históricas. Eu amo esta equipe e sempre fico feliz em jogar aqui. E sempre gosto de vencer o Brasil”, pontuou.

Vaiado e também aplaudido por alguns brasileiros, a estrela argentina optou pela diplomacia ao comentar seu sentimento no estádio. “Quero agradecer também o apoio da torcida brasileira. Eu sei que eles gostam de mim”, finalizou Messi.

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