Há versões
A Ferj se manifestou através de uma nota oficial nesta quinta-feira (9/5), informando o falecimento do árbitro e esclarecendo sobre o atendimento ao profissional, confira a nota:
“O Departamento de Arbitragem do Futebol do Rio de Janeiro (Deaf-RJ) lamenta profundamente o falecimento do árbitro Feliphe da Cunha da Silva, após cinco dias de internação em uma unidade hospitalar Estadual, motivada por um mal súbito durante a realização dos testes físicos de rotina, ao que estava acostumado e dos quais participaram outros 44 árbitros e assistentes, todos devidamente liberados por autorização e atestado médico para a prática de atividades físicas.
Prontamente atendido por UTI móvel, presente no local dos testes, foi imediatamente levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima, onde foi imediatamente recebido, medicado e transferido na noite do mesmo dia (sábado, 4 de maio) para o Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu, seguindo os protocolos médicos e administrativos regulamentares, em condição clínica estável e lúcido (sic), acompanhado de perto por membro do DEAF-RJ durante todo o tempo.
O Departamento de Arbitragem está consternado com o falecimento de um dos seus membros que, apesar dos seus poucos 30 anos, dos quais praticamente 9 dedicados a arbitragem, sempre demonstrou princípios éticos elevados, postura exemplar, dedicação profissional e os cuidados de saúde exigidos ao desempenho da função.
A Federação de Futebol do Rio de Janeiro decretou luto oficial e se solidariza, nesse momento de profunda dor, com familiares e amigos diante de tamanha e irreparável perda.”
Outra versão
Porém, um amigo de Feliphe, que também fez os testes no mesmo dia falou ao jornal “O Dia” que o árbitro só foi retirado da pista no final do teste, e teria ficado quase cinco minutos passando mal no chão, sem nenhum tipo de atendimento.
“Aquecemos juntos, ele estava bem. Começamos a correr e faltando cinco tiros de corrida para acabar o vi caído. Ele ficou ali e não podíamos parar. Veio a ambulância, mas ele só foi retirado após o fim do teste, cerca de quatro minutos depois de cair. Ninguém chegou nele com o teste rolando. Depois que finalizou, o colocaram em uma cadeira de rodas e foi o momento que ele desmaiou e foi retirado da pista”, disse ele.
Feliphe teria passado mal ainda dentro da ambulância, e segundo esse mesmo amigo, a ambulância não foi diretamente ao hospital, como diz a nota da Ferj.
“Somente vinte minutos depois que o diretor de arbitragem apareceu, nervoso. Sem a ambulância, o teste teria que ser paralisado. Acredito que eles queriam que a situação do Feliphe fosse resolvida ali para que continuasse (o teste). Mas as funcionárias da Vila Olímpica (onde foi realizado o exame) chegaram gritando com ele, dizendo “ele tem que sair daqui”. Foi a hora que ele se tocou”, completou.
Feliphe foi nadador profissional pelo Vasco e Botafogo. Em 2018 chegou ao quadro oficial de profissionais de arbitragem da Ferj, apitando em partidas da base e também dos profissionais.
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