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Após desastre nuclear, Fukushima terá beisebol e softbol na Olimpíada

A região do Japão foi devastada em 2011 por um terremoto. País quer passagem de solidariedade com moradores da cidade

atualizado

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1 de 1 fukushima japão - Foto: Divulgação

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 confirmaram nesta quarta-feira que aceitaram manter a realização de partidas de beisebol e softbol em Fukushima, região do Japão que em 2011 foi devastada por um tsunami, provocado por um forte terremoto, quando também foi abalada por um desastre nuclear provocado por esta sequência de desastres naturais.

Enquanto a fase principal de disputa destas duas modalidades deverá ocorrer em Yokohama, algumas cidades em Fukushima estão sendo consideradas para estágios preliminares destas competições da Olimpíada.

O governador de Fukushima, Masao Uchibori, se reuniu com o presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, Yoshiro Mori, nesta quarta-feira, se prontificando a tomar as medidas necessárias para poder abrigar com sucesso estes esportes dos Jogos.

Mensagem
No caso, para o Japão, a realização destas disputas em Fukushima enviaria uma forte mensagem de solidariedade aos habitantes de uma região que sofreu enormes estragos provocados por um tsunami em 11 de março de 2011, quando o mesmo foi ocasionado por um forte terremoto de 8,9 pontos na escala Richter. No caso, o tsunami também atingiu a central nuclear de Fukushima, que começou a liberar grandes quantidades de material radioativo em 12 de março daquele ano, vindo a se tornar o segundo maior desastre nuclear desde o acidente de Chernobyl, na Ucrânia, em abril de 1986.

“Nós trabalharemos com o comitê organizador para decidir sobre a localização (destas disputas) e fazer tudo que pudermos para tornar o evento um sucesso na região de Fukushima”, afirmou Uchibori nesta quarta.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, se encontrou com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, no mês passado, quando sugeriu que alguns eventos fossem realizados na região de Fukushima.

Visita
Ricardo Fraccari, presidente da Confederação Mundial de Beisebol e Softbol (WBSC, na sigla em inglês), tem programada em sua agenda uma visita ao Japão na próxima semana para fazer uma inspeção nos possíveis locais de disputa destas modalidades nesta área afetada pela tragédia há pouco mais de cinco anos.

O porta-voz do Comitê Organizador de Tóquio-2020, Hikariko Ono, afirmou que o COI tomará uma decisão final sobre a definição dos locais da região de Fukushima que terão jogos de beisebol e softbol da Olimpíada entre os dias 6 e 8 de dezembro, quando acontecerão reuniões do comitê executivo da máxima entidade olímpica.

Essas duas modalidades não foram disputadas nas duas últimas edições da Olimpíada, em Londres-2012 e Rio-2016, depois de terem feito parte das modalidades dos Jogos até Pequim-2008. Agora, porém, estão entre os cinco esportes que foram adicionados ao programa olímpico de Tóquio-2020, sendo que beisebol e softbol foram incluídas como um único esporte – os outros foram skate, surfe, escalada e caratê.

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