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Aos 51 anos, Helen Deluque busca título mundial de ultramaratona

Brasilense vem conquistando títulos em disputas nacionais e sul-americanas; agora, representa o país em mundial que acontece na Alemanha

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Helen Deluque, ultramaratonista brasiliense de 51 anos
1 de 1 Helen Deluque, ultramaratonista brasiliense de 51 anos - Foto: Divulgação

Enquanto em algumas modalidades esportivas atletas se aposentam antes dos 40 anos, a brasiliense Helen Deluque foi na direção oposta. Começou a participar de maratonas aos 41, foi conquistando o espaço no cenário regional e nacional e agora, 10 anos depois, representará o Brasil no Campeonato Mundial de Ultramaratona.

Além do começo tardio, Helen teve de conciliar a vida de atleta com a nobre profissão de professora de escola pública, missão da qual se aposentou há seis meses. Movida a desafios, a ultramaratonista sonha alto e, após diversas conquistas em solo brasileiro, agora quer ser campeã do mundo.

Apesar de ter inúmeras conquistas (a última delas em fevereiro, ao ser campeã da Ultramaratona de Caieiras, prova de 100 km disputada no Estado de São Paulo), o mais novo desafio já tem tem data e local definidos: 27 de agosto em Berlim, capital da Alemanha.

Embora tenha recebido a convocação da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) há poucos dias, Helen ainda tem pouco mais de dois meses de preparação voltados para o torneio mundial.

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Helen começou a competir somente aos 41 anos de diade, mas não parou mais
Em 2021, a Associação Internacional de Ultramaratona listou Helen Deluque entre as 20 melhores competidoras do mundo
Por conta dos bons resultados, desde 2019 vem sendo convocada para representar o Brasil nas competições continentais
Além de atleta, Helen é professora da rede pública, tendo se aposentado há seis meses
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Aos 51 anos, Helen Deluque obteve índice para representar o Brasil no Mundial de Ultramaratona em Berlim

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Helen começou a competir somente aos 41 anos de diade, mas não parou mais

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Em 2021, a Associação Internacional de Ultramaratona listou Helen Deluque entre as 20 melhores competidoras do mundo

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Por conta dos bons resultados, desde 2019 vem sendo convocada para representar o Brasil nas competições continentais

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Além de atleta, Helen é professora da rede pública, tendo se aposentado há seis meses

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Diferença entre Ultramaratona e Maratona

Embora tenha conquistas em ambas as modalidades, Helen tem focado na ultramaratona, que tem percursos maiores, o que consequentemente exige mais tempo para completar as provas. Em Berlim, ela participa da prova dos 100 km, que costuma levar mais de nove horas para ser completada.

“Agora, estou com os treinos direcionados para o Mundial. A preparação para uma prova de 100 km exige muita dedicação e sacrifícios. Nos finais de semana, sempre faço ‘longões’ de até 60 km. Quase todo sábado é uma Maratona e, domingo, uma Meia Maratona. Tenho que estar sempre cuidando da alimentação, suplementação, recuperação muscular, porque o desgaste é grande”, explicou ao Metrópoles.

Apesar das renúncias que um atleta de alto desempenho faz, Helen está animada com a possiblidade de defender o país. “A honra de representar o Brasil e vestir o uniforme é imensa. Ao mesmo tempo, tem a responsabilidade de carregar o nome do nosso país. Sempre queremos fazer o melhor”.

Início tardio, mas em tempo

Geralmente, quem tem paixão pelo esporte se encanta por uma modalidade antes mesmo da vida adulta. Mas essa regra não impede que surjam exceções de sucesso, que descobrem um dom mais à frente, mas a tempo de usufruir dele

“Comecei a correr para fazer a prova de aptidão do Concurso da Polícia Civil. Corria esporadicamente. Depois, casei, tive os filhos e parei de correr por sete anos. Voltei em 2011, mas só treinava na esteira. Nesse ano, minha irmã me chamou para participar de uma prova noturna de 5 km. Fiquei encantada com a energia e o alto astral das pessoas. Daí pra frente, não parei mais”, revelou.

Maratona diária

A vida de um atleta não é fácil. Da dureza de todo dia precisar treinar a uma boa alimentação, não se esquecendo de uma eventual falta de apoio ou patrocínio para participar dos torneios. Para quem tem família e trabalha, a tarefa fica mais complicada ainda.

“Não foi fácil conciliar os treinos com a rotina de trabalho, casa, filhos. Trabalhar o dia todo e treinar no final do dia não é fácil. Mas quando a gente tem sonhos, tem metas, vale o sacrifício”, diz a professora e maratonista.

“Eu não tenho patrocínio. Tenho parceria com o treinador, personal, fisioterapeuta, nutricionista, Clinica Ame, massoterapeuta, que não me cobram nada”, acrescenta.

Apesar dos obstáculos, a maratonista da vida não desanima: “O que posso dizer é que devemos sempre acreditar na nossa força. Superar nossos limites na corrida é desafiador e nos motiva a buscar cada vez mais. Não há idade pra praticar um esporte. A idade pode nos limitar, mas nossos sonhos nos fazem voar.

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