Acusado de envolvimento em corrupção na Fifa, advogado se suicida
Argentino Jorge Delhon morreu nesta terça (14/11). Ele foi denunciado pelo mesmo delator que envolveu dirigentes brasileiros da CBF
atualizado
Compartilhar notícia
O advogado Jorge Delhon, 52 anos, morreu nesta terça-feira (14/11) na Argentina. A polícia local acredita que o advogado tenha se suicidado após se jogar na frente de um trem, na cidade de Lanús. Ele era um dos acusados de envolvimento no esquema de corrupção conhecido como “Fifagate”, que atingiu a Federação Internacional de Futebol (Fifa) nos últimos anos.
O advogado foi citado na delação de Alejandro Burzaco, ex-diretor-executivo da empresa argentina de marketing Torneos y Competencias, que prestou depoimento na terça (14/11). O executivo admitiu ter subornado a Fifa e demais dirigentes do futebol sul-americano para obter direitos de transmissão de TV das Copas de 2018, 2022, 2026 e 2030. Delhon teria recebido US$ 4 milhões em propina.O advogado trabalhou na Chefia de Gabinete durante o governo Cristina Kirchner e era um dos dirigentes do “Fútbol para Todos”, programa responsável pela transmissão das partidas dos clubes da Argentina. Segundo o jornal argentino Clarín, Jorge Delhon era um dos que descontava também os cheques dados pela Associação de Futebol Argentino (AFA) aos clubes. De acordo com o jornal, as operações normalmente eram feitas em troca de altas comissões.
O delator Alejandro Burzaco também envolveu em suas denúncias outros importantes dirigentes do futebol sul-americano. Entre eles, estão dois ex-presidentes da CBF (José Maria Marin e Ricardo Teixeira) e o atual presidente da entidade, Marco Polo Del Nero.