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A reconstrução depois das quedas: a volta da Itália para uma decisão

Azurra retorna a uma disputa de título de Eurocopa após nove anos eliminando a Espanha, carrasca na última oportunidade

atualizado

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Carl Recine – Pool/Getty Images
Itália classificada para a final da Euro
1 de 1 Itália classificada para a final da Euro - Foto: Carl Recine – Pool/Getty Images

Depois de um tempo longe dos holofotes, a Itália volta aos holofotes das grandes seleções do mundo. A Azurra eliminou a Espanha nos pênaltis na semifinal da Eurocopa e após nove anos e muitas decepções, está de volta a uma decisão de título.

Após empatar em 1 x 1 no tempo normal, a Itália eliminou a Espanha nessa terça-feira (6/7). Além da vaga na final, a Seleção Italiana venceu mais uma vez o carrasco da última final que participou do torneio. Em 2012, italianos e espanhóis se enfrentaram na final realizada em Kiev, na Ucrânia.

Na ocasião, a Fúria não perdoou e goleou a Azurra no tempo normal, 4 x 0 para os espanhóis que coroavam mais um ciclo de maneira impecável. Depois de conquistarem a Copa do Mundo em 2010 e a Eurocopa de 2008, os espanhóis também venceram a edição do campeonato europeu em 2012.

A Itália, por sua vez, via a chance de se redimir com a torcida italiana depois do fiasco na Copa de 2010, na África do Sul, quando os italianos terminaram em último lugar na fase de grupos. Antes do mundial, a equipe italiana era cotada ao título por conta do tetra conquistado em 2006, na Alemanha.

Desempenho fracos nos mundiais

Após a conquista do tetracampeonato mundial em 2006, a Itália viu seu desempenho nas Copas despencar de nível.

Em 2010 foi o primeiro grande choque. No grupo F, junto de Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia, a Itália terminou em último lugar na chave com apenas 2 pontos somados de 6 possíveis. O atual campeão do Mundo e único campeão mundial do grupo não venceu nenhuma das partidas e acabou eliminada precocemente.

O que parecia ter sido um grande pesadelo na Copa da África do Sul voltou a ocorrer em 2014, na Copa do Mundo realizada no Brasil. Os italianos caíram no chamado “Grupo da Morte”, junto com Inglaterra, Uruguai e Costa Rica. E para a surpresa de todos, ingleses e italianos não conseguiram avançar e caíram ainda na primeira fase.

Com duas derrotas e uma vitória, a Itália acumulava mais uma eliminação precoce e amarga, que nada correspondia com seu histórico.

Por incrível que pareça o pior ainda estava por vir. A Seleção da Itália não conseguiu a pontuação necessária e não se classificou para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Essa foi a terceira vez na história da seleção italiana que isso ocorreu.

Apesar da má fase, desempenho na Euro dava esperanças

Depois da goleada para a Espanha em 2012, a Eurocopa de 2016 foi o único momento em que os italianos viram sua seleção desempenhando um papel próximo do esperado.

Com duas vitórias e um empate, a Itália garantiu uma vaga nas oitavas de final da Euro 2016 em primeiro lugar na fase de grupos. A Seleção Italiana somou 6 pontos, ficando a frente de Bélgica, Irlanda e Suécia.

Logo nas oitavas, o reencontro com a Espanha. Quatro anos depois da goleada em Kiev, os italianos estiveram frente à frente com seus algozes e se vingaram, apesar de não ter sido na mesma fase. A Itália venceu por 2 x 0 e foi às quartas de final.

Nas quartas, a Itália encarou a Alemanha, que tinha acabado de vencer a Copa do Mundo dois anos antes. No tempo normal, 1 x 1. Nos pênaltis, os alemães acabaram derrotando a Itália por 6 x 5, eliminando a Azurra do torneio.

Se o resultado não foi o esperado, pelo menos nesta ocasião o sentimento de luta apresentado pela seleção fez com que o torcedor não se sentisse humilhado como em outras ocasiões.

Euro 2021

Longe do grupos das favoritas, a Itália chegou nesta edição como mais uma participante, sem o prestígio e a expectativa de outras ocasiões. A campeã de 1968 não estava no mesmo status de favoritismo que França, Portugal, Alemanha e Bélgica por exemplo.

No entanto, com o decorrer da primeira fase a equipe foi ganhando corpo, e as boas vitórias e atuações convincentes começaram a relembrar a Azurra dos tempos áureos.  Estreou bem diante da Turquia com uma vitória por 3 x 0.

Na sequência, não tomou conhecimento da Suíça e repetiu os 3 x 0. Para fechar a primeira fase e garantir a primeira posição do grupo, fez 1 x o diante do País de Gales passando com uma das melhores campanhas da primeira fase.

Chegando nas oitavas de final, teve um jogo duro contra a Áustria. Os gols só foram sair na prorrogação e a Itália passou de fase depois de uma vitória por 2 x 1.

Nas quartas, o desafio mais difícil da jornada. A temida Bélgica, do postulante a Bola de Ouro Kevin de Bruyne e do atacante Romero Lukaku, que foi campeão italiano pela Inter de Milão. Surpreendentemente, diante do adversário mais duro, a Itália se mostrou madura e no tempo regulamentar garantiu uma vitória por 2 x 1.

Agora, nas semis, um empate sofrido em 1 x 1 com a Espanha no tempo regulamentar e vitória nos pênaltis.

Mancini e seus comandados terão a chance de relembrar aos mais novos de que a Itália é uma gigante do futebol mundial. Caso não conquiste, ao menos terá reestabelecido parte do respeito perdido nos últimos anos. É esperar para ver se Dinamarca ou Inglaterra conseguirão impedir um possível bicampeonato da Azurra.

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