“A gente tem que fazer uso”, diz Ramon Dino sobre anabolizantes
O atleta do Acre tem apenas 28 anos e chegou ao seu segundo vice-campeonato do Mr. Olympia, maior competição de fisiculturismo do mundo
atualizado
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Vice-campeão do Mr. Olympia pelo segundo ano consecutivo, o fisiculturista Ramon Dino alcançou a fama pelo esporte aos 28 anos, em um ramo ainda pouco conhecido no cenário nacional. Nascido em Rio Branco, no Acre, Ramon participou apenas pela terceira vez do campeonato considerado o mais importante no bodybuilding, e retornou do Brasil com reconhecimento e uma legião de fãs inspirados pelo seu físico.
Em conversa com a Folha de S. Paulo, o bodybuilder falou sobre a fama, as suas responsabilidades e o lado mais delicado do esporte que tem se popularizado exponencialmente no Brasil.
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Com a medalha de prata no peito, trazida diretamente dos Estados Unidos, Ramon comentou sobre o meme viral do “fake natty” e o uso de anabolizantes, o reconhecimento do público e a sua trajetória até a grande conquista no Mr. Olympia.
Uso de anabolizantes
O físico escultural apresentado pelos atletas de fisiculturismo possui um lado obscuro por trás da musculatura grandiosa e esculpida, e Ramon comentou sobre o uso de anabolizantes para potencializar a construção do corpo ideal para o esporte.
“Infelizmente, a gente tem que fazer uso dos anabolizantes. Todo atleta, para chegar naquela performance, tem que ter o uso do anabolizante como ajuda”, confirmou Ramon, que complementou afirmando que, apesar do uso de esteroides, a base da construção do seu físico é a dieta e o treino.
“O anabolizante é como se fosse um sal para toda aquela comida que você está consumindo. É um tempero. Se você acha necessário usar, use. Se não, não use. Entendeu? Mas, a gente sempre usa ali conforme a nossa prescrição médica, acompanhamento médico”, completou o atleta sobre como é feito o uso dos hormônios.
Carreira
Nascido no Acre, Ramon carrega o seu estado como parte essencial da sua identidade, como pessoa e como atleta. Da parte mais humilde da capital acreana, o fisiculturista precisou lutar para alcançar o patamar mais alto do bodybuilding e conta que essa garra foi fundamental para chegar tão longe no esporte.
“O Acre é totalmente o que eu demonstro ser. Todo mundo duvida da gente, duvida que o Acre existe, duvida do que eu vou fazer, duvida do que eu vou conquistar. É a mesma coisa. Eu e o Acre, a gente é a mesma coisa. Ninguém bota fé na gente, falavam pouco da gente. Agora, falam bastante”, comentou o vice-campeão do Mr. Olympia.
Próximos passos
Pronto para seguir competindo, Ramon afirma que precisa tirar um tempo para descansar e cuidar da sua família após as semanas intensas de preparação para a competição, mas garante que irá voltar e competir no próximo Mr. Olympia.
“No Olympia sim, com certeza eu vou. E é isso, a gente vai continuar as nossas preparações como sempre. Eu vou tirar meu descanso, me concentrar um pouco mais em mim e na minha família, que eu deixei devendo bastante na preparação”, contou o atleta.