YouTube censura vídeos de artistas que falam sobre comunidade LGBT
O serviço criou um sistema que filtra conteúdos e inseriu a temática nele. Decisão criou polêmica entre os usuários
atualizado
Compartilhar notícia
O Youtube está no meio de uma polêmica com a comunidade LGBT e artistas que apoiam a causa. O serviço criou um filtro para menores de idade capaz de “esconder” vídeos com conteúdo ofensivo. No entanto, o dispositivo tirou de circulação, para quem ativou o sistema, clipes de cantores como Lady Gaga, Anitta, Lia Clark, Banda Uó e vários outros.
Não são apenas os artistas identificados com a comunidade LGBT que estão sofrendo censura. Até mesmo youtubers que criam conteúdo relacionado ao tema estão sofrendo com a mudança.A youtuber Rowan Ellis, que produz conteúdo feminista e LGBT, afirmou ao Gizmodo que a decisão é preocupante. “O YouTube agora colocou as nossas demandas como não ‘familiar'”. O brasileiro Frederico Devito também cobrou um posicionamento do serviço.
Espero a melhor explicação possível pra tremenda babaquice que o YouTube tá fazendo. #YoutubeIsOverParty
— Federico Devito (@federicodevito) March 19, 2017
Entre os usuários, a repercussão foi negativa. A #YouTubeIsOverParty ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter neste fim de semana.
#YouTubeIsOverParty mas o vídeo do Bolsonaro falando que prefere um filho drogado do que um homossexual continua lá, e aí? pic.twitter.com/1XiDSfL3wz
— mira (@mirabr25) March 20, 2017
Youtube querido vc não vai nós derrubar e muito menos nós calar #YoutubeIsOverParty #LoveIsLove pic.twitter.com/PHO1AfAe7d
— ??#D6 #5H3 #CC1♥? (@KarolLovato9) March 20, 2017
não deixe ninguém dizer quem você deveria amar#YouTubeIsOverParty pic.twitter.com/B8ODHNHeL9
— gabriela (@sunsetsbizzle) March 20, 2017
O YouTube usou o Twitter para se pronunciar sobre a polêmica. Em post, o serviço declarou ser “muito orgulhoso por representar as vozes LGBTQ+”. Mesmo assim, eles confirmam que alguns vídeos sobre o tema foram considerados “inapropriados”.
A message to our community … pic.twitter.com/oHNiiI7CVs
— YouTube Creators (@YTCreators) March 20, 2017
Tradução: “Somos muito orgulhosos por representarmos as vozes LGBTQ+ em nossa plataforma — elas são uma parte chave do que o YouTube significa. A intenção do modo restrito é filtrar conteúdo maduro para a pequena parcela de usuários que querem uma experiência mais limitada. Vídeos LGBTQ+ estão disponíveis no modo restrito, mas vídeos que discutem assuntos mais sensíveis podem não estar. Nós nos arrependemos por qualquer confusão que isso causou e estamos de olho nas suas preocupações. Aceitamos o feedback de vocês e a paixão em fazer do YouTube uma comunidade inclusiva, diversa e vibrante.”