Wilma Petrillo teria coagido Gal Costa a anular testamento: entenda
Primas da cantora Gal Costa alegam que ela foi coagida por Wilma Petrillo a anular o testamento feito no fim da década de 1990
atualizado
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As primas de Gal Costa, que morreu em novembro de 2022, Verônica e Priscila Silva alegam que a cantora foi coagida por Wilma Petrillo a anular um testamento feito em 1997. O documento teria sido revogado em 2019 por incentivo da empresária, que seria viúva da artista, de acordo com informações divulgadas pelo G1.
Agora, as primas de Gal pedem na Justiça que o documento volte a valer. Isso porque, segundo elas, o testamento inicial direcionava a fortuna da cantora para a Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura, que seria comandada por cinco primas dela. Wilma, inclusive, seria testemunha no documento.
“A Fundação teria como objeto a formação de músicos e outros artistas ligados à área, promovendo festivais, concursos, concedendo bolsas de estudos de músicas para pessoas carentes dentre diversas outras finalidades de cunho exclusivamente filantrópico”, diz um trecho do processo divulgado pelo jornal O Globo.
Verônica e Priscila dizem ainda que souberam que o testamento havia sido revogado apenas após a morte de Gal Costa. Na época, elas tentaram fazer a fundação funcionar e descobriram que a herança não estava mais destinada a isso.
Na ação apresentada à Justiça, elas alegam que “tinham algumas suspeitas de que teria ocorrido possível manipulação de Wilma Teodoro Petrillo (…) para que a revogação fosse levada a cabo”. Isso porque, definem a “conduta” da suposta viúva como “de manipulação, seja em relação a sua carreira, seu patrimônio, sua família, funcionários e amigos e além de todos que com ela se relacionavam”.
Elas lembram ainda que com Wilma a frente da carreira e vida financeira de Gal, as coisas desandaram e resultaram “no empobrecimento e endividamento” da artista. “Acrescente-se a isso que durante a relação pessoal e empresarial que Wilma Teodoro Petrillo manteve com Gal Costa, esta vivia visivelmente infeliz e adoecida, conforme dezenas de testemunhos”, diz ainda um trecho.
Vale lembrar que a suposta viúva vai dar uma entrevista ao Fantástico neste domingo (31/3), assim como Gabriel Costa, filho da cantora, com quem trava uma briga judicial por causa da herança. Em trecho divulgado pela TV Globo, a empresária alega que Gal a “amava muito” e que existia muita cumplicidade entre elas.
Filho de Gal Costa pede que corpo seja exumado para investigação
Gabriel Costa, filho da cantora Gal Costa, entrou com um pedido na Justiça para que o corpo da cantora seja exumado e que seja feita uma necropsia para definir a causa da morte dela. A artista morreu no dia 9 de novembro de 2022 e na certidão de óbito consta que ela teve um infarto agudo do miocárdio e que já estava doente, com câncer de cabeça e pescoço, porém, o filho quer investigar melhor o que provocou a morte.
No processo, ao qual a Folha de São Paulo teve acesso, Gabriel também pede que os restos mortais da cantora sejam transferidos de São Paulo para o Rio, para que Gal seja enterrada ao lado da mãe dela em um jazigo perpétuo que ela já havia comprado para que as duas fossem enterradas juntas.
Vale destacar que a decisão de enterrar Gal Costa em São Paulo foi da viúva da artista, Wilma Petrillo. Como o filho era menor de idade, ele não pôde interferir.
A defesa de Gabriel também contesta a herança deixada por Gal Costa. Os advogados contestam que Wilma Petrillo tenha sido par romântico da cantora por tantos anos, agindo apenas como empresária e madrinha do menino na maior parte do tempo. O argumento é que o romance entre as duas ocorreu muitos anos atrás.
Gal e Wilma estavam casadas desde 1998 e sempre viveram uma relação discreta. Wilma também era empresária e sócia da artista. A relação ganhou os holofotes após a publicação de uma matéria da revista Piauí, que detalha os diversos golpes que teriam sido aplicados por Wilma em contratantes de shows, amigos e na própria Gal, além de acusações de assédio por parte de funcionários.