Uma década sem Hebe: filho palestra com “verdadeira história” da mãe
Marcello Camargo, 57, conta que ideia surgiu por “indignação” e “revolta” com série e o filme Hebe – A Estrela do Brasil
atualizado
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São Paulo – Marcello, de 57 anos, filho de Hebe Camargo, iniciou o projeto de percorrer o Brasil com palestras sobre a “verdadeira história” de sua mãe. O apresentador disse que a ideia surgiu com a “indignação” e a “revolta” geradas pelo filme Hebe – A Estrela do Brasil (2019) e a série que derivou da obra.
“As palestras são um bate-papo contando a verdadeira história da Hebe, porque o filme realmente não era a Hebe. Então, quis fazer essas palestras para contar a vida dela como foi”, afirmou Marcello, ao Metrópoles.
A primeira apresentação ocorreu em 31/3, em Caraguatatuba, no litoral de São Paulo. A agenda segue com 1°/6, em Petrolina, Pernambuco; 9/6, em Rondonópolis, Mato Grosso; e 29/9, em Vargem Grande do Sul, São Paulo.
Dez anos da morte
Em 29/9, data marcada para uma apresentação no interior de São Paulo, completará uma década da morte da apresentadora devido a um câncer.
“Falar sobre ela é sempre um prazer e falar a verdade, principalmente. Sinto minha mãe comigo todos os dias, então não sou muito ligado a essas coisas de data. A saudade, a tristeza, a dor da perda é todo dia”, lamentou Marcello.
Bebida alcoólica
Para o apresentador, o filme e a série erram ao retratar a relação de Hebe com a bebida alcoólica. Segundo ele, no camarim da mãe havia apenas água e frutas.
“Quem era mais próximo dela sabe que ela não bebia whisky, que ela jamais tinha bebida alcóolica no camarim, mas as pessoas que estavam mais distantes ficam com aquela imagem ‘nossa, a Hebe bebia tanto assim’. Então, é para tirar essa imagem”, pontuou.
Marcello explicou que a mãe gostava de beber cerveja, caipirinha, margarita e vinho, apenas em momentos de descontração.
“Ela gostava de uma bebidinha, ela mesmo falava, mas não whisky, que ela abominava. Ela tomava em restaurante, em festa, em evento, nunca no trabalho”, garantiu.
Atrasos, palavrões e ciúmes
Outro aspecto que o revoltou foi mostrar que a apresentadora atrasava seus compromissos profissionais. “Deixar o público esperando é a antítese de Hebe Camargo, ela jamais faria isso. Achei muito revoltante”, relatou.
O filho também negou que a mãe alguma vez tenha jogado um microfone no chão e acredita que no longa há um uso excessivo de palavrões – o que não reflete a realidade.
Afirmou ainda que o padrasto Lélio Ravagnani era “extremamente ciumento” e havia brigas. Mas relatou que jamais o marido rasgou a roupa de Hebe ou jogou um copo na TV por ciúmes de Roberto Carlos.
Sensacionalismo
Questionado sobre o motivo das obras documentais terem mostrado situações que supostamente não ocorreram, ele respondeu: “Foi apelativo para tornar o filme mais polêmico, sensacionalista”.
“Onde ela está, se ela viu o filme, ela ficou revoltada. Ela jamais permitiria isso”, afirmou. “Sou a única pessoa para defendê-la e mostrar realmente o que é certo e o que não é verdade”, complementou Marcello Camargo.
Acervo
Além desses esclarecimentos, ele levará para as palestras peças do acervo de Hebe Camargo, que no futuro estarão em um espaço dedicado a isso.
“Não vai ser um museu aberto, será para eventos. Mas também vou levar essa exposição para outras cidades. Estamos levando um pocket da exposição. Vão seis looks, alguns sapatos e álbuns”, contou.
Café com Selinho
Em paralelo aos projetos de manter o patrimônio e a memória de Hebe, Marcello se dedica ao seu programa de entrevistas Café com Selinho, também uma homenagem à mãe.
A atração estreou no sábado (23/4) no serviço de streaming Tela 2, do SBT, e em breve fará parte da grade do SBT transmitida para o interior do estado de São Paulo. O programa, que começou no YouTube, também é exibido em canais por assinatura.
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