Xuxa Meneghel rebate críticas por apresentar reality com drag queens
Prestes a estrear como apresentadora do Caravana das Drags, Xuxa desabafou sobre os questionamentos do público por ser uma mulher cisgênero
atualizado
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Poucas apresentadoras tiveram uma carreira tão expressiva quanto a de Xuxa Meneghel na história da TV. A loira, que estreou na TV Manchete ainda nos anos 1980, fez sucesso com o público infantil e adulto na Globo por décadas, e se reinventou na Record, onde assinou um programa e comandou um reality show. Agora, aos 60 anos, a Rainha dos Baixinhos encara um desafio completamente novo no streaming: o reality Caravana das Drags, do Prime Video.
O programa chega à plataforma em 14 de abril, em mais de 240 países e territórios, com 10 drags queens brasileiras — Chandelly Kidman, DesiRée Beck, Enme, Frimes, Gaia do Brasil, Hellena Borgys, Morgante, Ravena Creole, Robytt Moon e Slovakia — se enfrentando em desafios inspirados em tradições do país, pelo título de Drag Soberana.
Além de Xuxa, a atração conta com a apresentação de Ikaro Kadoshi, que comandou o Drag Me As a Queen, do TNT, e foi a primeira drag no mundo a comentar o Miss Universo, o Emmy e o Oscar, pelo canal TNT.
Empolgada com a estreia, Xuxa conversou com o Metrópoles e desabafou sobre as críticas que recebeu em 2021, quando informações sobre um projeto em negociação com Globo, que também envolvia drag queens, se tornou público. A atração não foi para a frente, mas levantou questionamentos sobre a legitimidade da artista, enquanto mulher cisgênero, para comandá-la.
Questionada sobre o assunto, a apresentadora brinca que entende as opiniões contrárias, mas não as aceita. “Eu não posso dizer o que as pessoas pensaram, mas eu respeito. A única coisa que eles também tinham que respeitar é que eu já queria isso há muito tempo e talvez eles não soubessem”, conta a mãe de Sasha.
Xuxa diz acompanhar Ru Paul’s Drag Race, inspiração para a maioria dos realities com a temática, desde a terceira temporada, exibida em 2011 pela Logo TV. “Estou tentando entrar nesse mundo de magia e lúdico há muito tempo”, afirma.
O discurso da artista é endossado por Kadoshi. “Uma drag queen usa os símbolos e signos do feminino para que sua arte exista. E esses símbolos e signos só são doados por quem? Por uma mulher. Então falar que uma mulher não pode fazer drag e não sabe do que são esses símbolos e signos do feminino é um crime”, opina.