1 de 1 Jornalistas da Globo comemoram eleição de Lula - Metrópoles
- Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente eleito do Brasil, um vídeo atribuído aos jornalistas da Rede Globo começou a circular na web. As imagens mostram abraços e comemoração na redação do Jornal nacional, que transmitia ao vivo a apuração dos votos.
Nas imagens, os jornalistas da Globo — emissora alvo de ataques durante todo o mandato de Jair Bolsonaro (PL) — comemoram a eleição de Lula, se abraçam e gritam. Veja:
“O primeiro presidente que não vai ser reeleito!”, grita um jornalista, em tom de comemoração. “Acabou o inferno!”, diz outro.
Na web, bolsonaristas compartilham o vídeo para criticar a cobertura da emissora carioca durante as eleições, alegando que a Globo não cumpriu com sua parcialidade no trabalho.
Em nota enviada ao site Notícias da TV, a Globo confirma a veracidade do vídeo e garante que os contratados não serão punidos pela comemoração. A emissora, no entanto, lamenta que “um pequeno grupo tenha esquecido a necessária e habitual prática de autocontenção, em respeito à norma e aos nossos princípios editoriais”.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
Fábio Vieira/Metrópoles
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
Fábio Vieira/Metrópoles
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
Reprodução
Leia a nota na íntegra:
A Globo tem cerca de 15 mil colaboradores, entre os quais 1500 profissionais que atuam no jornalismo. A empresa evidentemente não tem nem pretende ter qualquer controle sobre escolhas eleitorais de cada um desses profissionais, nem sobre como manifestam essa preferência em caráter privado.
No entanto, a Globo lamenta que, no ambiente de trabalho, um pequeno grupo tenha, por alguns instantes, esquecido a necessária e habitual prática de autocontenção, em respeito à norma e aos nossos princípios editoriais.
É exatamente por meio desses princípios, compartilhados em nossas plataformas, que os brasileiros puderam testemunhar a isenção da cobertura jornalística da Globo ao longo de toda essa campanha.