Tony Gordon sobre The Voice: “Público viu verdade na minha música”
O vencedor da edição 2019 do programa deu entrevista logo após receber o troféu das mãos de Michel Teló
atualizado
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A edição 2019 do The Voice Brasil, encerrada na noite dessa quinta-feira (03/10/2019), consagrou o cantor Tony Gordon – confirmado o favoritismo apontado pelo Metrópoles. O artista ganhou seu primeiro troféu no reality show e, de quebra, garantiu ao treinador Michel Teló o quinto título consecutivo. Em entrevista, o vencedor atribui a vitória ao fato de o público ter sentido verdade em sua música.
A trajetória de Tony no programa começou no Time Iza. Porém, ele perdeu uma batalha para Ana Ruth e, antes de ser eliminado, foi salvo por Michel Teló.
Entrevista com Tony Gordon
Como foi a sua experiência no programa? Qual foi o momento mais especial para você?
Toda a experiência do The Voice Brasil é realmente uma busca por algo que, nos meus 32 anos de carreira, ainda não tinha encontrado. Foi um convite constante para sair de uma zona de conforto em que é fácil de se encontrar depois de tanto tempo fazendo a mesma coisa. Maluco isso, né? Muita coisa mudou, muita coisa se concretizou e muita coisa se confirmou. Mas faltava esse desafio novo para um pai/avó Tony. Alguns momentos foram muito emocionantes: o primeiro, quando o Teló virou a cadeira na primeira música (“You are so beautiful”) em menos de cinco segundos cantando. E, na sequência, os outros, com uma emoção e uma alegria de estar no lugar certo mesmo. Dá para ouvir na voz o que acontece. No programa em que me apresentei com “What a wanderful world”, quando cantava a frase “I see baby crying, I watch them grow”, não pude deixar de pensar na minha filha (até então não sabia se seria filho ou filha!) que estava para nascer.
Qual foi o seu maior aprendizado?
Acima de tudo, mais do que aprendizados, eu tive a chance de consolidar experiências e impressões que uma vida inteira de música me trouxeram. O Tony é o mesmo Tony cantando, andando na rua, ensaiando. A música que me moldou. Ver tudo o que está acontecendo comigo e com a minha carreira em razão da exposição do programa é uma confirmação de tudo o que eu mais acredito. Principalmente no poder da música e de se entregar com amor.
Como foi sua troca com Michel Teló? O que pode comentar sobre o técnico e também sobre IZA, sua primeira técnica no reality?
Desde o primeiro programa, quando ouvi o Teló falar as palavras dele, senti muita verdade em tudo o que ele dizia. Desde lá, sempre lembrei dele com um carinho tão grande que não poderia ter terminado em outro time. Trocamos bastante, ele é absolutamente incrível, carinhoso e, da mesma forma, vive uma verdade admirável em relação à música. Por isso, realmente, nos encontramos. Independente de estilos, nossa paixão e nosso drive são os mesmos. Foi incrível compartilhar impressões e diretrizes com ele. A Iza, idem. É uma querida sem tamanho a quem eu admiro muito. Ela representa muita coisa que, de alguma forma, me trouxe para onde eu estou hoje e, por isso, tinha que ter escolhido ela na primeira rodada. Aprendi muito com o que vivi no #TimeIza.
Você seguiu alguma estratégia no programa? Como foi seu relacionamento com o público?
Olha, a verdade é que eu não criei nenhuma estratégia específica para mudar meu jeito de ser e de interagir com o público. Nunca enxerguei uma distância entre artista e público. Na maioria dos meus shows, peço para que sejam sem palco para que eu possa interagir. Quem faz um show, quem faz a música, são as pessoas que a compartilham, não o cantor. Vivo isso todo dia. Vivo isso indo levar meu neto na escola ou indo cantar. Essa lição é, sem dúvida, o maior aprendizado que a música me trouxe e, no que depender de mim, seguirei assim para sempre. Quanto mais perto, quanto mais junto. Quanto mais gente em torno de música boa, melhor! Para todo mundo. O público sentiu essa verdade na minha música e tudo o que espero é que eu continue conseguindo passar quem eu sou na hora de cantar.