The Morning Show: cineasta Mimi Leder revela novidades da 3ª temporada
Em entrevista ao Metrópoles, a diretora e produtora da premiada série falou sobre as novas abordagens dos personagens em The Morning Show
atualizado
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A terceira temporada de The Morning Show estreia nesta quarta-feira (13/9), na Apple TV+. A premiada produção contará com 10 episódios no novo ano, destacando ainda mais o protagonismo de Jennifer Aniston e Reese Witherspoon.
O Metrópoles entrevistou a diretora e produtora Mimi Leder e ela afirmou que os direitos das mulheres serão mais explorados no novo ano do seriado. “Nos afastamos da má conduta sexual no ambiente de trabalho e agora estamos muito focados nos direitos das mulheres, incluindo temas como os direitos reprodutivos e o aborto”, conta.
A cineasta, responsável pelo episódio piloto da terceira temporada, afirma também que as relações pessoais dos protagonistas serão determinantes para o andamento da série. “Os personagens estão mais focados em suas vidas pessoais, em entender como eles chegaram onde estão. É uma jornada de busca pela própria alma”, pontua.
Na nova temporada de The Morning Show, a emissora UBA é alvo de um ataque. Alianças inesperadas são feitas, verdades secretas são usadas como armas e todos da equipe são forçados a confrontar seus valores dentro e fora da redação.
Michael Ellenberg, produtor executivo da série, também conversou com o Metrópoles e mostrou empolgação com a nova temporada. “Foi uma grande experiência. Sempre trabalhamos com um reflexo do mundo em que vivemos, então procuramos ver e reproduzir onde a mídia tradicional está se estabelecendo, com novos personagens e envolvendo questões financeiras de poder.”
Pós-pandemia
Com a influência da pandemia, os novos episódios de The Morning Show contarão com experiências pessoais diferentes para os personagens. Após os acontecimentos com Mitch Kessler na 2ª temporada, Leder revela que a série dá o primeiro passo para sair do marasmo, sem se descolar da realidade.
“A 3ª temporada surgiu na pandemia. Estávamos saindo da pandemia e existia uma grande sensação de incerteza, de querer saber se algum dia voltaríamos para a nossa normalidade… Bem, nunca mais voltaremos a ser como éramos e então nada será normal. Por isso, os personagens também estão flutuando, eles estão procurando por acolhimento, tentando encontrar um lugar de pertencimento”, explica.
Um dos exemplos é a trajetória de Bradley Jackson. A personagem esbanja suas conquistas na nova temporada e ganha reconhecimento com premiações e um novo cargo. Apesar disso, segundo a diretora, a protagonista ainda sofre com as escolhas que faz.
“Temos a sensação de que ela carrega um grande segredo e não sabemos o que é. Ela toma grandes decisões e buscamos entender as razões dela, para depois analisarmos as razões pelas quais foram tomadas”, revela.
Reproduções reais
Tendo a realidade como motivação, muito por conta das empreitadas jornalísticas que são exibidas na série, o The Morning Show contará com a reprodução da Invasão do Capitólio dos Estados Unidos em um dos episódios, como explica Leder.
“Nós fizemos essa recriação na nossa história e ficou brilhante. Eu e os produtores vimos as filmagens repetidas vezes, porque queríamos que fosse a reprodução mais honesta e verdadeira possível. Acredito que fizemos isso, foi muito divertido”, celebra.
O produtor Ellenberg revela, ainda, que outros casos reais serão mostrados ao longo dos 10 episódios do novo ano. “Por ser uma grande série, é uma produção complexa, mas essa temporada foi um alívio porque não tivemos nenhum desafio existencial. Então, conseguimos criar alguns eventos grandes que aconteceram nos Estados Unidos. Foi um lindo trabalho”, completa.