O Inside Video 2022, estudo da Kantar Ibope Media, divulgou dados que apontam para o crescimento dos serviços de streaming no Brasil. De acordo com a pesquisa, as plataformas on-line representam 21% do tempo que os brasileiros gastam com consumo de vídeo.
Os dados são do painel 2.0, tecnologia de medição de audiência, que une dados do Focal Meter (FM) instalado no roteador que mede o tráfego de Internet nos domicílios, e do peoplemeter DIB 6, que identifica a audiência de canais de TV lineares (aberta e por assinatura). Ao combinar as plataformas, a Kantar entrega um perfil mais completo dos espectadores de vídeo no país.
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Se o consumo de conteúdos de streamings já se encontrava em ascensão antes da pandemia, com o evento global, o sucesso das plataformas chegou de vez no Brasil. Confira a seguir quais são os principais aplicativos disponíveis no país
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A Netflix chegou ao Brasil em 2011, mas a popularização do serviço ocorreu em 2013, com a estreia da série House of Cards. Em setembro de 2021, o streaming completou 10 anos no país. Atualmente, para ter a assinatura do plano básico da Netflix, com tela única e sem HD, basta desembolsar R$ 25,90. A plataforma também oferece outros pacotes e período de teste por 30 dias
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O Amazon Prime Vídeo é outro streaming disponível no Brasil. O serviço, que faz parte do pacote Amazon, está disponível no país desde 2019 e também oferece ao beneficiário frete grátis em compras no site, além de outras coisas. Para ter assistir aos diversos filmes, séries e documentários do Prime Vídeo é necessário desembolsar R$ 9,90 no plano mensal ou R$ 89 no plano anual. A plataforma também oferece teste por 30 dias
Reprodução/ Amazon Prime
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Além da Netflix e do Amazon Prime Vídeo, os brasileiros também podem optar por adquirir o HBO Max. O serviço, da Warner Bros, oferece aos assinantes conteúdos dos estúdios DC, Cartoon Network, Warner e, claro, da HBO. Os valores da plataforma são disponibilizados em planos mensais
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Totalmente brasileiro, o streaming da GloboPlay, pertencente à Rede Globo, é um dos mais utilizados no país. Disponível desde 2015, a plataforma oferta conteúdos novos e antigos da própria emissora, séries e filmes de outros países e conteúdos de canais como Megapix, Multishow e Universal, por exemplo
Reprodução/ Globoplay
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O estúdio ainda é dono da Disney+
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A Apple TV+ é outra plataforma disponível que apresenta um dos preços mais acessíveis. Por R$ 9,90 no plano mensal, é possível ter acesso às produções originais da ferramenta. Diferentemente dos outros, no entanto, a Apple TV+ tem um catálogo menor
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Também da Disney, a Star+ é a plataforma da companhia estadunidense voltada para o público adulto. A ferramenta oferece um leque de conteúdo para os assinantes. Além de séries, desenhos e filmes renomados, o streaming também disponibiliza programas famosos de esportes
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A Paramount+ chegou ao Brasil no início de 2021. O serviço, pertencente à ViacomCBS, oferece em seu catálogo diferentes filmes, reality shows, animações, programas de humor, séries clássicas e originais. Para ter acesso a plataforma é necessário desembolsar R$ 19,90 no plano mensal
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Dentre as opções de streamings disponíveis no Brasil, a Starz Play é uma das mais baratas. Custando aproximadamente R$14,90 no plano mensal, a plataforma chegou ao país em 2019 e oferece conteúdo do canal americano Starz. O streaming permite teste gratuito por 7 dias
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Para os amantes do cinema clássico, o streaming MUBI é uma ótima opção. Além de disponibilizar filmes antigos, ele também oferece no catálogo obras que estreiam em festivais cult. Para ter acesso à plataforma é necessário desembolsar R$ 29,90 no plano mensal ou R$ 214,80 no plano anual
Segundo dados do Video Streaming Report, nova solução da Kantar, no que se refere ao consumo de vídeo as plataformas on-line têm ganhado espaço no Brasil. empresas gratuitas e financiadas por publicidade (AVOD) atingem 58% das pessoas por mês, enquanto os serviços financiados por assinaturas dos usuários (SVOD) contemplam 42% das pessoas mensalmente.
“Este universo digital tem evoluído com cada vez mais rapidez e abrindo espaço para revolução na produção, consumo e distribuição do conteúdo audiovisual e, consequentemente, o surgimento de empresas como a Netflix, Amazon Prime, HBO, Disney+, VixTV, Pluto TV e mesmo o YouTube, entre outras que tomaram o reinado das grandes redes de TV”, explica Edvaldo Silva, mestre em Mutlimeios pela Unicamp.
As principais razões que levam as pessoas que acessam vídeo por streaming a assinarem esse tipo de serviço são os preço e catálogo amplo de novos filmes e séries – cada um com 47% de relevância. Em seguida, aparece a experiência de uso (30%). “Agora, é o usuário quem manda. No aplicativo ele acessa, assiste, pausa, retorna, assiste agora, assiste depois, curte, não curte e compartilha se gostou ou não gostou. A TV tradicional já morreu, só que ela ainda não sabe totalmente disso”, ressalta o especialista.
As empresas de marketing também já entenderam o potencial dos vídeos de streaming. Em 2021, 63% de todo o investimento publicitário foi feito em formatos de vídeo.
Mesmo ainda representando 79% da fatia de consumo de vídeos dos brasileiros, as TVs lineares (abertas ou por assinatura) foram obrigadas a evoluírem “pois elas perceberam que o comportamento do consumidor mudou, deixando de ser algo passivo (que apenas aceitava o que estava passando), para se tornar ativo (baixando os aplicativos, assinando o que gosta e cancelando o que não gostou). É interessante ver que, toda essa mudança, então, começou pelo consumidor, e não pela indústria”, conclui Edvaldo.