Sherlock Holmes: criador processa Netflix por filme sobre irmã do detetive
Processo afirma que o streaming usou dados de obras que ainda estão sob controle da família de Arthur Conan Doyle
atualizado
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Os donos da obra de Conan Doyle, criador do personagem Sherlock Holmes, processaram a plataforma de streaming Netflix indicando violação de direitos autorais no filme Enola Holmes, sobre a irmã do detetive. O filme, estrelado por Millie Bobby Brown, é uma adaptação do streaming de uma série de romances da escritora Nancy Springer. Na obra, a autora diz que Holmes tem uma irmã adolescente chamada Enola.
Outro caso judicial determinou que os primeiros romances de Holmes são de domínio público, já o novo processo alega que o detetive só expressou sentimentos em relação às mulheres nos últimos 10 livros da série, que ainda estão sob controle da família de Arthur Conan Doyle.
“Holmes ficou mais caloroso. Ele conseguiu estabelecer uma amizade. Podia expressar emoções. Ele começou a respeitar as mulheres”, diz o processo, depositado na última terça-feira (23/6) no tribunal federal do Novo México (EUA).
O processo ainda afirma que Holmes mostra seus sentimentos nos romances finais, desta forma, a descrição de Nancy Springer e a adaptação da Netflix violariam os direitos autorais. Além disso, o documento diz que, além de usar personagens publicamente disponíveis, os romances de Springer copiam as novidades originais de Conan Doyle em histórias ainda protegidas por direitos autorais.
Além da Netflix, o processo também é direcionado à Springer, sua editora Penguin Random House e à produtora do último filme, Legendary Pictures.