Sete motivos para ver a novela “Velho Chico” (apesar de Benedito Ruy Barbosa)
Em constante queda de audiência, os folhetins ganham um sopro de esperança com a nova produção das 21h da Globo
atualizado
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Nunca antes na história deste país, uma novela foi tão aguardada pelo público. “Velho Chico”, folhetim das 21h da TV Globo, estreia nesta segunda (14/3) e vem com vários motivos que justificam o frissom em torno dela. O Metrópoles escolheu sete deles. Leia a nossa seleção e coloque o alarme para não perder a hora. Talvez, “Velho Chico” entre no hall de produções emblemáticas ao lado de “Vamp” e “O Rei do Gado”, entre outras.
Trilha sonora
A abertura é com “Tropicália”, de Caetano Veloso (foto ao lado, que também marca presença com “Triste Bahia”). Amelinha canta “Gemedeira”, música de Robertinho do Recife e Capinan. E Marcelo Jeneci interpreta “Veja Margarida”, de Vital Farias. Renata Rosa, Alceu Valença, Ednardo, Gal Costa, Thiago Pethit, Xangai, Chico César e Tom Zé completam a lista de artistas da trilha sonora.
Rodrigo Santoro
Depois de 13 anos sem gravar uma novela, Santoro (foto no alto) está de volta! O ator vai interpretar Afrânio, único herdeiro do Coronel Jacinto de Sá Ribeiro (Tarcísio Meira) e de sua mulher, Encarnação (Selma Egrei). Formado em direito, ele precisa abandonar a carreira para se tornar coronel. Na segunda fase da novela, o personagem será vivido por Antônio Fagundes.
Chico Díaz
Díaz é um ator excelente e não costuma fazer muitas novelas. Ou seja, é uma chance rara de vê-lo na telinha. Ele será Belmiro, homem esperançoso em desacreditar na seca do sertão. O núcleo do personagem também inclui os personagens Piedade (Cyria Coentro) e Santo (Rogerinho Costa/ Renato Goes), esposa e filho de Belmiro, respectivamente.
Elenco nordestino
De acordo com matéria publicada em O Globo, 60% do elenco da novela (somadas primeira e segunda fases) é composto por atores nordestinos. Essa representatividade é superimportante, além de dar maior veracidade para os sotaques dos personagens. Nessa porcentagem, estão novos nomes da dramaturgia brasileira, como a baiana Marina Nery (foto ao lado), a cearense Larissa Góes e a paraibana Lucy Alves.
A direção de Luiz Fernando Carvalho
Nesse item, iríamos colocar a “dobradinha Benedito Ruy Barbosa e Luiz Fernando Carvalho”, porém as últimas declarações de Benedito (na festa de estreia da novela, ele disse que “odeia história de bicha!”, sobre novelas com personagens gays), nos fizeram mudar de ideia. Responsável pela supervisão do folhetim, Benedito fez um belo trabalho ao lado de Luiz Fernando Carvalho em “O Rei do Gado”. Mas, infelizmente, o escritor se mostra preconceituoso e intolerante para entender que representatividade e respeito importam sim! Então, vamos aguardar ansiosamente pela mudança de opinião dele e pelas cenas comandadas por Luiz Fernando, expert em bons trabalhos na TV.
Além do eixo Rio-São Paulo
Cá entre nós: ninguém mais aguenta tramas no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Velho Chico” sai desse lugar comum, parte para o Nordeste e foca (pelo menos na primeira fase) no universo rural daquela região.