Série Aeroporto transforma agentes e auditores em celebridades
A sexta temporada de Aeroporto estreia neste sábado (31/8) e conta com Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG)
atualizado
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Quem nunca ficou curioso para descobrir o que acontece nos bastidores de um aeroporto ou como é realizada a abordagem dos agentes da Polícia e da Receita Federal nesses locais? Desde 2017, a série Aeroporto – Área Restrita joga uma luz sobre essas questões e trazem à tona diversos acontecimentos curiosos e para lá de inusitados. A sexta temporada estreia neste sábado (31/8) na Max e no Discovery Channel.
Em 2024, a produção chega à sua sexta temporada e mostra quatro aeroportos, Guarulhos e Viracopos (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG). Ao Metrópoles, Adriana Cechetti, diretora de produção executiva WBD, e Roberto D’avila, diretor geral para a Moonshot Pictures, relataram que o programa é sensação nas redes sociais e que os agentes se tornam verdadeiras estrelas.
Além de estarem atentos e perceberem que muitas pessoas aprendem o que pode ou não pode fazer em aeroportos, existem outras que erram de propósito. “Tem muita gente querendo encontrar com os agentes pela primeira vez, a gente vê as pessoas querendo ser paradas pela receita”, disse Adriana.
Alguns agentes que participam da produção já estiveram envolvidos em casos de grande repercussão, como Mario De Marco, que já barrou joias do ex-presidente Jair Bolsonaro em Guarulhos. Roberto explica que esses profissionais, de alguma maneira, tornaram-se o eixo narrativo da produção e acabam ganhando relevância.
Entretanto, eles buscam não particularizar tudo em cima de uma pessoa e buscam diversidade de agentes e eventos. “Os outros aeroportos [sem ser o de Guarulhos] trazem outros sotaques, outros agentes, outras áreas, de modo que você perceba que tem todo um sistema, de todo um coletivo fazendo esse trabalho”, pontuou.
6ª temporada em detalhes
Com 12 episódios de 30 minutos cada, os produtores revelaram como conseguem pegar histórias e situações suficientes para montar os capítulos.
Assim como uma série convencional, que passa meses, ou até anos para serem produzidas, em Aeroporto – Área Restrita não é diferente. Isso porque eles passam quatro meses gravando e, mesmo tendo voos que são alvos, há diversos plantões para cobrir as histórias. Depois, a equipe realiza uma curadoria para decidir o que vai entrar na série.
“A gente grava muito mais do que todo mundo assiste nas temporadas e tem um procedimento que se assemelha um pouco até o próprio trabalho deles (dos agentes). A gente vê isso muito direcionado, mas também tem longos períodos de espera”, completou Roberto.
Assim como os agentes, a equipe da série precisa ficar muito atenta para não perder qualquer detalhe que possa virar um episódio. “Você tem que estar preparado para, na hora que acontece, estar com a câmera ligada, pronto, gravando, tendo maior cobertura possível da história”, completou, Adriana.
A sexta temporada traz de volta o aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG), e ainda tem uma operação em conjunto com o Porto de Santos e discute o uso de inteligência artificial.
Situações completas e bizarras
Com tanto tempo filmando e com quatro localizações diferentes, muitas situações inusitadas acabam acontecendo e são flagradas pelas câmeras da série. Como, por exemplo, uma pessoa que engole as drogas para não ser presa em flagrante ou até as colocam em um famoso bombom.
Roberto lembrou de uma pessoa que tentava levar uma quantidade muito grande de cabelo para fora do Brasil e de uma situação, verdadeiramente inusitada, que aconteceu com uma mulher chinesa ao entrar em nosso país.
“Uma vez, uma pessoa estava com 80 malas e a fiscalização disso foi maluca e muito extensa. Eram roupas, contrafeitos, não era droga ou crime. A multa era gigante e eles não tinham dinheiro para pagar essa multa. A pessoa vai até a Liberdade para fazer uma arrecadação, uma vaquinha para voltar e pagar”, finalizou.