Série A Bênção abre reflexão sobre a pandemia com remédio que tira medo da morte
A trama, criada por Frederico Ruas e Leo Garcia, estreia no Canal Brasil e no Globoplay nesta terça-feira (29/9), às 21h
atualizado
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Já pensou como seria viver em um mundo onde não há medo da morte? Onde um simples remédio pode te transformar em um “super-herói” que vive a vida sem temer que aquele seja o último abraço, olhar, fala e beijo? Este é o ponto central da série A Bênção, que estreia nesta terça-feira (29/9), às 21h, no Canal Brasil e na plataforma de streaming Globoplay.
Criada por Frederico Ruas e Leo Garcia e dirigida por Davi de Oliveira Pinheiro e Emiliano Cunha, a atração de oito episódios conta a história de um medicamento experimental, a “Bênção”, que acaba com o medo da morte de quem o o toma. O remédio, porém, carrega diferentes dilemas em cada um que o ingere.
A psiquiatra Marta (Priscilla Colombi), por exemplo, trata a jovem Nina (Maria Galant), que enfrenta um câncer terminal e passa a usar a medicação. Já o seminarista Santo (Rodolfo Ruscheinsky) decide abandonar a Igreja. O traumatizado policial Júlio (João Campos) perde o medo de entrar na linha de fogo ao experimentar a substância. Enquanto Eleonora (Áurea Baptista), uma pacata chaveira, começa a invadir as casas de seus clientes.
Assista ao trailer:
A Bênção – Teaser Trailer from Ausgang on Vimeo.
O primeiro capítulo da trama estreia no Canal Brasil nesta terça-feira (29/9), às 21h, com episódios liberados toda semana. Aos mais ansiosos, logo após a estreia, os oito episódios serão liberados no Canal Brasil Play e no Globoplay.
Pandemia
Em entrevista ao Metrópoles, o ator João Campos, responsável por dar vida ao policial Júlio, contou que, mesmo sem planejamento, a série estreia em um momento chave por conta da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
“[A série] foi escrita e filmada antes da pandemia, mas fala sobre uma droga que tira o medo da morte, ela fala sobre preservar a saúde, a banalização da morte. E o que está acontecendo no Brasil, principalmente? O que é isso [o atual cenário da pandemia] se não uma banalização da vida?”, considera.
“O Júlio começa a série traumatizado porque foi baleado no rosto e perde a capacidade de trabalhar. Ele toma esse medicamento e perde o medo de uma forma extrema. Ele volta como um super-policial, mas para quem? Diante da visão de quem? É um policial que entra na favela e mata todo mundo a qualquer custo?”, pondera o ator.
Sem mais spoilers sobre a trama, João Campos garante que a primeira temporada da série se encerra com um gancho para uma segunda temporada. “Tudo vai depender da repercussão”, finaliza.