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Segurança que salvou jovens no Ninho do Urubu pede indenização

Benedito Ferreira trabalha no Ninho do Urubu quando o contêiner de jogadores da base pegou fogo e matou dez jovens atletas

atualizado

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1 de 1 Foto colorida de Benedito Ferreira - Metrópoles - Foto: Divulgação

A série Ninho: Futebol e Tragédia, que joga luz sobre a tragédia do Ninho do Urubu, do Flamengo, chegou à Netflix nesta quinta-feira (14/3). Entre os depoimentos, estava o de Benedito Ferreira, segurança que trabalhava no local e trabalhou para salvar vítimas do incêndio.

O profissional conseguiu retirar três jovens do local. Entretanto, durante o seu depoimento, ele relembrou que algumas pessoas colocaram em xeque o que ele estava fazendo na hora do incêndio por não ter conseguido impedir o que havia acontecido. Ele revela que não esquece da primeira pergunta que lhe foi feita.

“Eu estava tentando entender tudo o que tinha acontecido. O depoimento (na delegacia) foi meio complicado porque a pessoa que estava me interrogando queria riqueza de detalhes que era impossível de detalhar naquele momento. Mas eu lembro de uma pergunta que ela me fez: ‘O senhor estava dormindo no horário do acontecido?'”

Ele ainda revelou que chegou em casa depois das 4h, porque passou mal no meio do caminho e ficou por uns dias deitado.

Ao final do último episódio, Asbeg revela que o laudo médico de Benedito Ferreira foi revelado em fevereiro de 2024 e indicava que o segurança carrega sequelas psicológicas graves, o que o impossibilita de trabalhar em sua profissão e que o resultado tem relação direta com o ocorrido no Ninho do Urubu.

Até hoje, o rapaz segue em busca de uma indenização na Justiça do Trabalho. O processo segue em curso.

Ninho: Futebol e tragédia

Em três episódios, a Netflix debruça sobre a tragédia e faz um apanhado da tragédia, que matou dez jovens atletas das categorias do Flamengo após um incêndio no contêiner em que eles dormiam. 16 jogadores sobreviveram e, desses, apenas três permaneciam em outubro de 2023.

O diretor Pedro Asbeg conversou com jornalistas que cobriram o acontecimento na época e relatos de atletas que passaram pelo Flamengo, como Zico e Vanderlei Luxemburgo. Há, ainda, conversa com familiares de alguns jovens e como o Flamengo lidou com essa situação.

Até hoje, ainda há processos correndo na justiça do trabalho e ninguém foi responsabilizado criminalmente. O documentário joga luz sobre os julgamentos e como membros do staff do Flamengo tentavam se livrar da culpa da tragédia. Questionado pelo Metrópoles sobre a resposta do Flamengo, Asbeg foi curto: “Não teve”.

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