Segundo Sol: Giovanna Antonelli fala sobre os próximos lances de Luzia
Atriz deu entrevista ao Metrópoles em intervalo das gravações da novela e adiantou o que vem por aí na trama das nove
atualizado
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Em um dos intervalos da gravação de Segundo Sol, nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, Giovanna Antonelli conversou com o Metrópoles sobre a atual fase de Luzia na trama. Para a atriz, o foco da personagem é a reconquista dos filhos, Ícaro (Chay Suede) e Manuela (Luisa Arraes), e não uma possível vingança contra Laureta (Adriana Esteves) e Karola (Deborah Secco). Confira:
Você está pronta para levar um tiro?
Vou adorar ficar uns dias gravando deitada! (risos)
O que vai acontecer com a Luzia que você pode contar?
A gente não pode dar spoiler, mas vocês da imprensa sempre sabem antes que a gente. Os informantes são bons! (Risos) Mas a gente já esperava que a novela seria assim, ágil. Ainda mais sendo feita pelo João (Emanuel Carneiro, autor). Cada capítulo fecha com alguma etapa da trama que está se desenrolando naquela semana, cheio de surpresas. Não tem um capítulo que feche e não deixe aberta uma nova história para aguçar o espectador.
Vocês, atores, trocam muito antes das cenas?
Muito, até porque a gente grava com bastante antecedência. Temos muitos capítulos de frente e a gente está sempre um falando com o outro, porque é muita história, muita trama. É uma novela em que a gente tem que estar sempre com atenção à quantidade de emoção e outras coisas. Não gravamos algo “blocadinho”, certinho. A gente grava o capítulo 60, o 78. No meu texto, eu anoto tudo para estar sempre certinha na continuidade da cena.
Sobre a nova fase do Ícaro com a mãe, como está sendo a reação do público?
Quando você fala de mãe e filho, acaba mexendo com todo mundo, com o emocional das pessoas. E a história da personagem desde sempre foi essa: resgatar o amor desses filhos que ela deixou para trás. Eu acho que tem muita matéria pela frente para ser construída, mas o Ícaro já foi a primeira conquista da Luzia.
Essa afinidade que eles estão tendo nesses últimos capítulos mostra isso. Agora o foco dela é reconquistar a Manuela. Também é uma missão árdua, porque dentro disso também tem que resgatar a confiança deles. É família, mas ninguém convive. À medida que vai tendo a vivência entre eles, vai nascendo esse amor. Acho muito bacana a forma como o João está conduzindo essa história.
E ela vai defender essa filha até a morte, não é?
Ela vai. A Luzia é uma mulher bem disposta, até porque sempre fala: “Se eu não tiver meus filhos do meu lado, não tenho nada a perder”. Então, é uma boa “mãe leoa”.
Ela ainda não sabe que o Valentim (Danilo Mesquita) é seu filho. A expectativa do público é grande. Vai haver uma decepção aí?
Vai haver uma decepção. Foi sendo construída uma afinidade entre os dois, uma amizade, e ela sempre fala que sente pelo Valentim uma coisa que não sabe explicar. Como toda novela tem que ter esse vai e vem, terá essa decepção pra que o Valentim tenha dúvidas sobre o quanto a Luzia é uma pessoa bacana e possa defender também a mãe, Karola (Deborah Secco). Defender a relação da mãe com o Beto (Emílio Dantas).
Como é gravar as cenas com o Chay?
A gente tem muitas cenas juntos. Tentamos construir sempre cada cena de uma forma diferente em relação ao que é dado para a gente de texto. Acho que todas as cenas que temos feito tentamos levar para um lugar com alguma coisa nova, que chegou para a gente de informação. Tudo pra poder preparar pro ápice da nossa relação. A gente está conseguindo fazer um desenho legal de cena.
Com a Manuela foi ao contrário, não?
Exatamente. Com cada filho ela tem uma relação diferente, e isso é bem bacana. O João escreveu uma relação diferente. Foi dolorido esse rompimento com a Manuela, mas também foi fundamental pra gente poder fazer uma nova virada, pra poder fazer essa reconquista.
Está sendo bacana essa troca com atores jovens?
Eu estou amando. Nunca tinha trabalhado com a Luisa, com o Chay e nem com o Danilo. Está sendo maravilhoso. O elenco está bem afiado. Todo mundo sentiu essa vibe desde as preparações. Havia uma união bem bacana. Acho que também é um pouco da característica do Dennis (Carvalho, diretor), que é um agregador de almas. Todo mundo é muito unido. Acho que todo trabalho com o Dennis é assim.
Você vai reencontrar o Tuca Andrada, não é?
Eu adorei isso! O Tuca foi meu parceiro em A Cor do Pecado. O texto era sensacional. Eu adoro fazer personagens perversas, me divirto muito. A gente se divertia bastante. Foi um momento muito especial nas nossas carreiras, eu acho.
E a história dela como o Beto? Esse amor resiste a tudo?
Esse amor estava morto. A Luzia achava que o Miguel/Beto estava morto. Vinte anos depois, ela teve a surpresa de ver que aquele amor que sentiu por aquele homem estava vivo porque ele está vivo. Mas acho que sempre que eles tentam ficar juntos, dá alguma coisa errada. Enquanto ela não resolver a questão com os filhos, esse amor vai ficar em segundo plano na vida dela.
O legal é que ela não se faz de coitadinha.
Ela não. Por conta de todo o seu passado, acho que a Luzia é capaz de encarar qualquer coisa. Até se enfiar no mundo das drogas por causa da filha. Poucas pessoas têm essa coragem.
Vai ter uma vingança no final da trama?
Não sei se tem vingança, não. Acho que na história da Luzia, o foco é a reconquista familiar, os filhos. Se ela tiver que matar, vai matar, mas não algo do tipo: “Vou me vingar”. Acho que ela vai lá, mata e cumpre sua missão, talvez até sem querer, mas para defender os filhos. Acredito que a Luzia não vai preparar nenhuma vingança, não. Pode ser levada pelo ímpeto das ações. Ela não é estrategista, é intensa nas emoções.
Sua família tem curiosidade de saber o que vai acontecer na trama?
Não, a gente mal se vê por causa do trabalho. Minha mãe é sempre boa espectadora, sempre manda mensagem quando acaba a novela, mas ninguém pergunta nada, acho que eles preferem curtir.