Segundo Sol: Deborah Secco se rasga em elogios a Adriana Esteves
Em entrevista ao Metrópoles, a atriz comenta sobre a colega de novela e o peso de viver uma vilã
atualizado
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Deborah Secco vive Karola, uma das antagonistas de Segundo Sol, novela das 21h da Rede Globo. A vilã é uma mulher que esconde o passado vivido na miséria antes de conhecer Beto Falcão (Emílio Dantas). Capaz de tudo para ficar ao lado do cantor de axé, ela chegou ao ponto de roubar o filho dele com Luzia (Giovanna Antonelli) e criá-lo como se fosse seu.
Ao lado de Laureta (Adriana Esteves), Karola põe em prática sua crueldade, mas também tem um lado bem-humorado. Mãe da pequena Maria Flor, fruto de seu casamento com Hugo Moura, Deborah falou ao Metrópoles sobre a presença do marido na novela de João Emanuel Carneiro, o relacionamento com a herdeira e a insegurança de viver uma grande vilã.
Como você enxerga a Karola?
Ela é uma incógnita. Não consigo decifrá-la e, até agora, estou tentando entender quem é essa mulher, tão dúbia e cheia de mistérios. É apaixonada por um, mas amante de outro [Remy, vivido por Vladmir Brichta]. Tem a Laureta na vida dela, mas há um caso de ódio ali também. As duas se odeiam e uma tenta passar a perna na outra.
E a relação dela com o Beto Falcão?
Acho que o Beto é o grande amor, mas a Karola se deparou com uma dificuldade porque ele estava em fim de carreira e ela desesperada, sem saber como melhorar a vida do casal. O lance da grana pesa. É uma trama ao gosto do público brasileiro. Envolve muita história, velocidade. O João Emanuel é um dos melhores dramaturgos do país.
Vai haver uma mudança no figurino da Karola com a mudança de fase na novela?
Sim. No começo, ela encarna a “piriguete”, mas quando se disfarçou para enganar a Luzia e fingir ser amiga, foi bem menininha, com o cabelinho preso. Na segunda fase, está muito rica, deu a volta por cima. Então, usa muitas joias e é perua.
A Adriana é genial e a gente se admira mutuamente. Ela me ajuda muito, temos uma parceria incrível. No outro dia, ela fez uma superdeclaração para mim! Falou: “Com você as cenas fluem, a gente troca muito bem!”. É incrível o João Emanuel dividir essa vilania. A Karola não tem a mente tão maquiavélica para realizar todas as maldades. Possui a necessidade e o desejo, mas as ideias brilhantes são da Laureta.
Seu último trabalho tinha sido em Malhação, interpretando uma mãe doce. Como é voltar no horário nobre com uma vilã?
Mas a Karola é doce! É apaixonada pelo Valentim [Danilo Mesquita]. Deita junto, fica agarrada. Minha mãe é assim comigo. É um amor fora do comum. Eu sou assim com a minha filha. Parece que a gente quer engolir de tanto amor.
O que te fez aceitar esse trabalho, já que, provavelmente, você vai ter menos tempo para a Maria Flor?
Já havia passado os dois anos [de licença] que pedi, a Maria já está indo para o colégio e eu estava na pendência com a Globo. Novela do João, uma personagem como essa… não tem como recusar, só agradecer! Essa personagem é muito boa para mim.
Seu marido, o Hugo Moura, está na novela. Como se deu isso?
Foi uma surpresa, porque ele fez o teste e a resposta demorou a sair. Acabaram me chamando e não o escalaram. Então, a gente meio que esqueceu isso. Ele já estava com outro projeto quando surgiu o convite. Nós ainda não gravamos juntos, mas devemos nos encontrar.
Pintou um certo receio de estar no mesmo trabalho que seu marido?
Não foi opcional. A gente sempre tem medo, mas quando surgiu a proposta para ele – e é uma coisa que vem buscando há tanto tempo –, era uma oportunidade incrível, com atores, autor e diretor maravilhosos.
Você acha que a Karola vai ser uma vilã querida ou odiada?
Toda antagonista acaba sendo querida porque o público gosta do conflito e quem traz isso é a vilã. Além disso, ela é carismática e engraçada.
Sua carreira é muito bem-sucedida. Você acha que essa personagem é a “cereja do bolo”?
Não posso dizer que é a “cereja do bolo”, senão vou estar sendo injusta com o passado. Há coisas impossíveis de esquecer, como a Íris, de Laços de Família, a Darlene, de Celebridade, a Bruna Surfistinha… O Boa Sorte é um filme, artisticamente, muito importante.
O Bruna Surfistinha é um trabalho que me colocou num lugar inimaginável. O público de todas as idades me reconhece por essa personagem. A Karola tem tudo para ser marcante, do tipo que vou lembrar para sempre.