SBT nega que campanha LGBTQIA+ tenha sido determinada pela Justiça
Emissora negou informações publicadas por advogada Marina Gonzarolli, que participou de ação contra o canal após falas de Patrícia Abravanel
atualizado
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O SBT divulgou nota nesta quarta-feira (12/1) negando que a campanha contra a LGBTfobia veiculada no canal neste mês de janeiro tenha sido resultado de uma determinação da Justiça, conforme afirmou a advogada Marina Gonzarolli, fundadora do Me Too Brasil.
“O SBT esclarece que não é verdade que sua campanha sobre a importância de combater a LGBTfobia foi ordenada pela Justiça. Ao contrário do que está sendo divulgado, não existe condenação contra a emissora e nem à artista Patricia Abravanel. É bom que fique claro que o SBT lançou essa campanha na TV e em todas as plataformas digitais com o intuito de conscientizar e transformar as pessoas. A emissora sempre teve o seu Comitê de Diversidade e Inclusão para tratar dessa e de outras temáticas ao longo dos anos”, inicia o comunicado.
A emissora ainda afirmou que pedirá a retificação das informações publicadas. “Vale ressaltar ainda que, através da Universidade Corporativa e da plataforma SBT do Bem, o canal possuí um calendário anual de ações afirmativas em diversidade, inclusão e pertencimento. A iniciativa, inclusive, conta com o apoio da empresa uma diversidade criativa, referência no mercado. Ciente da gravidade e por se tratar de informações inverídicas, o SBT já tomou as devidas providências para esclarecer a situação e irá solicitar a retificação das publicações”.
Nessa terça-feira (11/), em publicação no Instagram, a advogada Marina Ganzarolli, que faz parte da Associação Brasileira de Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Intersexos, festejou a divulgação da campanha da emissora. Ela afirmou que “o SBT, com a obrigatória participação de Patrícia, foi obrigado a reproduzir em sua programação, durante todo o mês de janeiro de 2022, campanha publicitária educativa contra a LGBTfobia”.
A determinação teria ocorrido no âmbito de uma ação administrativa, movida pela Associação na Secretaria de Justiça de São Paulo, com base na Lei 10.948/01. A norma estabelece punições contra “toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra cidadão homossexual, bissexual ou transgênero”.
Ao UOL, advogada Luanda Pires confirmou que não houve condenação ao SBT, mas ressaltou que a divulgação da campanha na televisão é resultado de um acordo assinado pelos advogados da emissora, de Patrícia Abravanel e pela associação que ela preside. Por ser o documento sigiloso, os compromissos assumidos pelo SBT não podem ser divulgados. Na hipótese de descumprimento do acordo, o caso voltaria à esfera judicial.
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