Samara Felippo diz que filha “chorou compulsivamente” após racismo
Samara Felippo voltou a falar sobre o caso de racismo do qual sua filha no fim do mês de abril, na escola onde estuda
atualizado
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Samara Felippo, de 45 anos, voltou a falar sobre o ataque racista que sua filha, Alicia, sofreu na última semana na escola. Em entrevista ao Fantástico, da Globo, a atriz se emocionou ao dar detalhes do caso. Segundo ela, algumas alunas danificaram um trabalho escolar de sua filha e escreveram uma expressão de cunho racista em seu caderno.
“Cheguei em casa e vi a Alicia debruçada na mesa, tendo que refazer cada linha [do trabalho]. Ela chorava compulsivamente porque estragaram o trabalho dela. É impossível não sentir raiva, nenhuma mãe quer. Arrancaram todas as páginas de um trabalho que ela fez, dentro do caderno dela tinha uma frase cunho racista gravíssimo. Não estou aqui para apedrejar a escola. A ação que eles tomaram foi importante, mas ainda é um projeto antirracista falho”, disse Samara Felippo.
Representante da escolar particular, Daniel Helene reconheceu que o episódio teve cunho racista, mas ressalta que não irá expusalr os acusados da institução por não serem reincidentes. De acordo com Helene, não seria pedagógico lidar com a situação desta maneira.
“Sem dúvida, desde o primeiro momento reconhecemos como ato racista. As agressoras ficarão suspensas por tempo indeterminado para que a escola possa amadurecer o que aconteceu e como vai prosseguir. Se a gente visse que as meninas fossem reincidentes, a gente podia avaliar uma expulsão, mas não são. Viver em uma escola antirracista é pensar: o que vamos fazer a partir disso?”, afirmou o responsável pela escola.
Samara Felippo discorda da decisão da instituição de ensino, e considera que a expulsão seja necessária para o bem-estar mental da filha, visto que Alicia terá que encarar as agressoras novamente quando voltar à escola.
“Alicia é muito tímida, muito na dela, muito amorosa, muito sensível. É muito lindo de ver ela conseguindo falar tudo que ela precisa. Blindar ela disso, realmente, não dá, mas estou fazendo ela tomar consciência do poder que ela tem e que ela pode ocupar os espaço que ela quiser”, encerra Samara Felippo.