Roteirista do Vai que Cola dispara contra a atriz Cacau Protásio
O roteirista André Gabeh foi demitido do Vai Que Cola e revelou que sofreu perseguição de Cacau Protásio por duas temporadas
atualizado
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A demissão do roteirista André Gabeh, do Vai Que Cola, expôs uma crise nos bastidores do humorístico do Multishow. Ao se despedir do programa, o ex-BBB contou que sofreu perseguição da atriz Cacau Protásio. Em novo pronunciamento, ele se disse decepcionado com a artista.
“Somos negros e me decepcionei com a falta de solidariedade dela”, declarou, em entrevista ao F5, da Folha de S. Paulo. O roteirista comentou a posição da atriz, que negou que tivesse o perseguido. “Ela tenta disfarçar, mas é óbvio que quer meu linchamento virtual. Me decepcionei e me assustei. Só estava fazendo meu trabalho”, relatou.
O roteirista explicou que, como nunca conviveu com a humorista, não sabe dizer o que teria causado “tamanha implicância”. “Eu estava superfeliz em trabalhar no ‘Vai que Cola’. Era fã dela. Escrevia tudo com muito carinho para todos, porque além de ser meu trabalho, eu sou alguém suburbano”, contou.
André Gabeh contou que os roteiros passaram a ser enviados sem assinatura após as reclamações, mas que os atores teriam descoberto o que teria sido escrito por ele. Após a situação, ele contou que outros escritores foram assediados e que os artistas entregaram uma série de exigências.
“Havia vários ‘não pode’. As falas tinham que ser curtas. Numa semana, não podíamos sexualizar Jéssica [Samantha Schmütz]. Na outra, ela precisava ser periguete. Tínhamos que colocar os bordões antigos. Mas quando a gente colocava, não gostavam”, relembra.
Gabeh continuou dando uma série de exemplos. “A temporada se passava no interior, mas não podíamos fazer piadas com coisas do interior para não parecermos preconceituosos; depois nos exigiam que falássemos do interior. Atores pediam mais piadas, mas na hora da gravação cortavam a maioria das falas e logicamente ficavam sem piada nenhuma”, pontuou.
Por fim, o roteirista detalhou que ainda tem esperança de que essa história tenha um final justo, com os direitos de roteiristas e funcionários do audiovisual respeitados. “Que as pessoas possam denunciar abusos. Fiquei com muito medo de me queimar, mas fiquei com mais medo ainda de não me defender”, concluiu.