Repórteres da GloboNews ficam encurralados durante tiroteio no RJ
André Coelho e William Corrêa precisaram ficar escondidos em uma garagem e usaram pilastras como proteção dos tiros
atualizado
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Uma equipe de jornalismo da GloboNews passou por um momento de tensão nesta quinta-feira (27/8). O repórter André Coelho ficou encurralado no meio de um tiroteio no Rio de Janeiro. Coelho afirmou que os policiais pediram para que ele e o repórter cinematográfico William Corrêa saíssem do local, mas o risco de serem atingidos não deu chance dos jornalistas atenderem ao pedido.
O Rio de Janeiro enfrenta confrontos tensos entre facções desde essa quarta-feira (26/8). André e Corrêa precisaram ficar escondidos por um longo período.
“A gente percebeu uma movimentação estranha dos policiais, e fomos orientados a sair de perto de onde eles estavam, porque havia a possibilidade de bandidos do morro de São Carlos tentarem sair pelo Rio Comprido, onde estamos. E não houve condição nem da gente sair. Procuramos um lugar seguro e, logo que entramos em um prédio, começaram os tiros”, relatou ele.
O repórter contou que estava falando diretamente da garagem de um prédio e usava as pilastras do local para tentar se manter em segurança: “Nós falamos ao vivo e estamos escondidos em um prédio no bairro do Rio Comprido, onde começou uma nova troca de tiros. Essa região enfrenta um clima de instabilidade muito grande desde ontem”.
“Nós estávamos acabando de acompanhar o trabalho da Polícia Civil, quando observamos grande movimentação. Havia suspeita de que bandidos que estão no complexo de São Carlos pudessem sair do morro pela mesma rota que outros fizeram. Agora há pouco, começou uma intensa troca de tiros onde estamos, com a polícia tentando impedir a saída desses criminosos”, acrescentou.
Coelho ainda comentou que o clima era de “muita tensão”: “Nesse momento estamos em segurança, mas estamos tentando nos manter longe de qualquer conflito. A situação é bem complicada”.
No vídeo transmitido ao vivo, era possível ouvir trocas de tiros e bombas, até que o próprio repórter chamou os comerciais.