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Repórter ucraniano pede morte de crianças russas e cita nazismo

Fakhrudin Sharafmal citou um líder nazista para embasar sua fala sobre matar crianças. Ele pediu desculpas após a repercussão

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Repórter pede morte de crianças russas
1 de 1 Repórter pede morte de crianças russas - Foto: Reprodução

O repórter ucraniano Fakhrudin Sharafmal causou polêmica após defender a morte da população russa, inclusive de crianças, na TV Canal 24. O comentário aconteceu em meio à guerra travada entre a Ucrânia e a Rússia. O jornalista ainda fez referência a Adolf Eichmann, um dos mais conhecidos líderes da Alemanha nazista, aliado de Adolf Hitler e um dos principais organizadores do Holocausto.

Sharafmal alegou que deve “ser imparcial e se manter equilibrado”, porém, dado o cenário atual, “tem sido muito difícil permanecer calmo”.

“Já que estamos sendo tachados de ‘nazistas’ e ‘fascistas’ pela Rússia, eu poderia citar Adolf Eichmann, que disse que, para destruir uma nação, é necessário começar matando seus filhos. Se você matar os pais, seus filhos vão crescer e, eventualmente, irá vingar a morte deles, mas se você matar as crianças primeiro, elas nunca vão crescer e a nação vai perecer”, afirmou.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

No fim de sua fala, ele ainda se predispôs a assassinar crianças russas, uma vez que o exército, por questões legais, não pode cometer crimes contra crianças: “Devemos vencer e, se para isso eu tiver que massacrar famílias russas, estarei ansioso para fazer isso. Glória à nação ucraniana”.

A declaração do repórter logo repercutiu nas redes sociais e a emissora ucraniana publicou um pedido de desculpas de Sharafmal.

De acordo com o repórter, sua fala se deu em um momento de “dor e tristeza” por saber da morte do comandante Pavel Sbitov, do 503º Batalhão de Fuzileiros Navais da Ucrânia, de quem ele era amigo. “Mais uma vez, peço desculpas”, diz no comunicado.

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