Repórter se manifesta sobre agressão em prisão de Roberto Jefferson
Carlos Miranda, jornalista da Inter TV (afiliada da Globo), cobriu ação da PF com o cinegrafista Rogério de Paula, atingido na cabeça
atualizado
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O jornalista Carlos Miranda, da Inter TV (afiliada da Globo), falou pela primeira vez sobre a agressão sofrida por seu colega, o cinegrafista Rogério de Paula, durante a cobertura da prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), no último domingo (23/10).
Em sua rede social, o repórter tranquilizou o público sobre seu estado de saúde e informou o quadro clínico de Rogério de Paula, que está sendo monitorado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios (RJ). Ele também defendeu a liberdade de imprensa e fez um alerta sobre este e outros ataques a jornalistas.
“Quando viramos, covardemente, um homem bateu na câmera do cinegrafista Rogério de Paula e deu um chute nas costas dele. A câmera acertou a cabeça do Rogério, e para quem não sabe ele já passou por uma cirurgia na cabeça, ele teve um aneurisma, e a câmera acertou exatamente no local onde fez essa cirurgia”, relatou Carlos Miranda.
“O Rogério ficou tonto, quase teve uma crise convulsiva, e nós tentamos acalmá-lo. Ele começou a suar muito, uns cinco minutos depois ele foi ficando melhor, mas o levamos para uma ambulância dos bombeiros. A médica o atendeu e, considerando o histórico do Rogério, recomendou que fosse para o hospital e fizesse exames para ver se estava tudo bem”, informou o repórter.
“Fomos para o hospital, ele fez uma tomografia e a equipe médica entendeu que ele deveria ficar monitorado na UTI até amanhã [esta segunda-feira, 24/10]. Ele está bem, só para acalmar vocês. O Rogério está bem, estava rindo, se divertindo, falando com as enfermeiras, ele sempre é uma pessoa muito gentil, é muito querido, mas, considerando a história dele, os médicos entenderam que era melhor, porque ele poderia ter outra crise convulsiva, então ele está em observação”, prosseguiu.
Carlos Miranda concluiu com um apelo: “Infelizmente, nós fomos impedidos de fazer o nosso trabalho. É bom lembrar que o trabalho da imprensa é cobrir o que acontece no nosso país para informar a população, para trazer informação às pessoas, para que elas entendam o que está acontecendo no nosso país, e estavam nos impedindo de fazer isso. É lamentável, espero que a gente possa superar esse momento, a gente possa viver em paz, porque o nosso país sempre foi um país de paz e eu espero que a gente continue assim, vivendo em paz. Que esse ódio passe, que as pessoas reflitam sobre suas atitudes e não sejam tão radicais, e que deixem a imprensa trabalhar. São trabalhadores honestos, corretos, que estavam ali apenas cumprindo a função de informar a população”.
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