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Repórter revela assédio e humilhação dentro da TV: “Você estava rindo”

Fernanda Arantes, atualmente no SBT, sofreu importunação sexual semelhante ao de Jéssica Dias, da ESPN

atualizado

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Fernanda Arantes, repórter do SBT, foi assediada por homem quando trabalhava na TV Centro América (afiliada da Globo)
1 de 1 Fernanda Arantes, repórter do SBT, foi assediada por homem quando trabalhava na TV Centro América (afiliada da Globo) - Foto: null

O assédio sofrido ao vivo pela repórter Jéssica Dias, da ESPN, encorajou outra jornalista a expor uma situação semelhante, mas que optou por escondê-la por culpa e medo da repercussão. Fernanda Arantes, atualmente no SBT, revelou ter sido vítima de importunação sexual quando trabalhava na TV Centro América (afiliada da Globo no Mato Grosso).

Em sua rede social, a repórter publicou um vídeo com o momento em que um homem se aproxima e tenta beijá-la à força. Constrangida, ela deu um sorriso amarelo e usou a mão para afastar o assediador de seu corpo enquanto gravava uma reportagem.

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Patrícia Poeta e Manoel Soares repudiam assédio a repórter da ESPN
Sonia Abrão defende prisão de homem que assediou a repórter Jéssica Dias, da ESPN
Repórter Fernanda Arantes chora ao vivo com título da seleção brasileira feminina na Copa América
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Repórter Jéssica Dias, da ESPN, é assediada por torcedor do Flamengo durante transmissão ao vivo

ESPN/Reprodução
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Patrícia Poeta e Manoel Soares repudiam assédio a repórter da ESPN

Globo/Reprodução
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Sonia Abrão defende prisão de homem que assediou a repórter Jéssica Dias, da ESPN

RedeTV!/Reprodução
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Repórter Fernanda Arantes chora ao vivo com título da seleção brasileira feminina na Copa América

SBT/Reprodução

“Em 2018, durante a Copa do Mundo, eu passei por uma situação semelhante. Me senti muito mal e procurei a redação em que eu trabalhava na época para me ajudar”, relatou a jornalista.

A emissora não a acolheu e ainda culpou a funcionária pelo assédio. “A resposta que eu tive foi: ‘Você estava rindo, não podemos fazer nada’. Eu estava ao vivo, tentando fazer o meu trabalho com alegria e nada foi feito. Aquilo me consumiu. Como se eu tivesse culpa”.

Fernanda Arantes comparou os dois casos e comemorou que o assédio sofrido por Jéssica Dias teve um desfecho melhor: “Que bom ver que essa situação, 4 anos depois, tem um final diferente e que a repórter foi acolhida”.

A jornalista reforçou a necessidade de que crimes como este não fiquem impunes e que sejam denunciados. Para ela, silenciar uma vítima é vantajoso ao agressor.

“Hoje com 30 anos, mais madura e com mais tempo de carreira, entendo a importância de não ficar calada! De lutar pelo respeito que é nosso direito! […] Precisamos resguardar nossas mulheres em qualquer situação. Não podemos estimular que elas fiquem caladas, que elas sejam oprimidas, que se sintam culpadas! Pior: que o assediador não seja responsabilizado!”, finalizou.

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