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“Privilégio por estar na memória afetiva de muitos”, diz Lucinha Lins

Atriz fala sobre amadurecer, o casamento de 39 anos com Claudio Tovar e relembra a convivência com os Trapalhões e com Walter Avancini

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Lucinha Lins
1 de 1 Lucinha Lins - Foto: null

Lucinha Lins estava recém-casada com o ator e bailarino Claudio Tovar quando decidiram juntar-se também no palco. O resultado foi o show Sempre, sempre mais – título do seu LP de estreia –, aplaudido por mais de 100 mil pessoas em sete capitais, em 1983. Algumas pessoas assistiram mais de uma vez. Uma delas foi o então diretor de TV Walter Avancini, que viu na cantora a atriz que ela poderia ser.

Pelas mãos do diretor, Lucinha estreou na TV em 1984, na minissérie Rabo de saia e encarou, no ano seguinte, sua primeira novela, Roque Santeiro. Desde então, a atriz e a cantora conciliam seus ofícios e, não raro, juntam-se num mesmo projeto. Lucinha tornou-se uma atriz respeitada, mostrando que Avancini de fato não se enganava.

Aos 69 anos, ela volta ao palco, seu habitat natural, na peça As meninas velhas, escrita por Tovar, seu companheiro há 39 anos. No espetáculo, atualmente em cartaz no Teatro Itália, em São Paulo, ela vive uma atriz que não sabe da própria mediocridade artística – da qual Lucinha está longe. Ela nada tem de medíocre, como mostra nesse bate-papo.

Você já foi considerada símbolo sexual e no ano que vem completa 70 anos. Amadurecer foi doloroso?

A vida é feita de um dia após o outro e envelhecer faz parte. Lembro que quando tinha 30 anos, as pessoas me perguntavam como me sentia naquela idade e achava isso engraçado. Ano que vem, terei de responder como me sinto aos 70. Crises? Elas não aconteceram. Agora, a menopausa sim significou uma mudança de paradigma.

Envelhecer faz parte de um processo que é absolutamente natural. Hoje olho para minha pele, vejo as manchas que ela tem, e encaro essas transformações de forma serena. Não subo mais em árvore quando brinco com meus netos, mas tudo bem.

Antes de estrear na TV, você trabalhou com os Trapalhões no longa Os saltimbancos trapalhões. Como foi esse convívio?

Foi um encanto. O Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes) eu já conhecia por causa da música (ele integrou os Originais do Samba); o Dedé (Santana) era aquela pessoa para encher de beijos; o Renato (Aragão), um moleque travesso, e fiquei apaixonada pelo Zacarias (Mario Faccio Gonçalves), de quem me aproximei mais. Conversávamos muito e ele era interessantíssimo.

O Renato, para você ter uma ideia, era proibido de entrar no set quando não estivesse filmando. Tudo porque ele aprontava. Uma vez, entrou escondido, acendeu um barbantinho cheiroso, e os atores lá, trabalhando, e tendo de suportar aquele cheiro. Eles aprontavam muito. Agora, vamos combinar que só fui chamada para viver a Karina por ser bonitinha. Nem sabia andar direito em cena.

Para ler a entrevista completa, acesse o portal NewMag, parceiro do Metrópoles.

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