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Prime Video: The Underground Railroad narra fuga de mulher escravizada

A série mostra a história de Cora, uma escrava que busca fugir de uma plantação de algodão na Geórgia

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1 de 1 the_underground_railroad_amazon_prime_video-14993597 - Foto: Divulgação

O Amazon Prime Video estreia, nesta sexta-feira (14/5), uma de suas principais apostas para a próxima temporada de premiações. Em meio às acusações de racismo no Globo de Ouro e aos protestos do Black Lives Matter, chega ao serviço de streaming The Underground Railroad, minissérie em 10 episódios, baseada no romance de Colson Whitehead, vencedor do Pulitzer.

A estreia da produção é cercada de muita expectativa. Um dos motivos, indiscutivelmente, é a assinatura do diretor Barry Jenkins, vencedor do Oscar por Moonlight: Sob a Luz do Luar. O outro é a que The Underground Railroad chega após as críticas de Them, também do Prime Video, acusado de explorar a dor do povo negro. Ou, em palavras mais duras da crítica Angelica Jade, “puro pornô de degradação”.

Them mostrava uma família preta morando em um bairro branco de Los Angeles em 1950, sofrendo ataques reais e sobrenaturais. Já The Underground Railroad aborda a história de Cora (vivida pela sul-africana Thuso Mbedu), uma escrava que usa as rotas secretas para fugir das violências sofridas em uma plantação de algodão na Geórgia do século 19.

A trama (tanto da série quanto do romance) baseia-se nas rotas de fuga que eram usadas pelos escravos, em busca de liberdade no norte dos Estados Unidos. Jenkins, então, respeitando a estrutura da obra mergulha no realismo fantástico para retratar essa história. Boa parte da história se passa em trilhos, túneis e trens.

Ao todo foram 116 dias de gravações na Georgia – com paralisações causadas pela Covid-19. Em paralelo a Cora, surge Ridgeway (Joel Edgerton), um caçador de escravos.

Violência

The Underground Railroad, no entanto, não se furta a mostrar a violência a qual os escravos eram submetidos. No entanto, o direto Barry Jenkins trouxe a dor pela perspectiva dos traumas que tais cenas causavam (e ainda causam) na população preta.

Em uma delas, por exemplo, o diretor mostra um homem sendo executado em uma fogueira, cercado por outros escravos, obrigados a testemunhar o ato de terror. Enquanto, em outra parte, os brancos assistem ao horror, enquanto tomam chá e comem, em frente à Casa Grande.

“Precisava ler a bússola ética e moral do limite aceitável e ser direto sobre a verdade que estava contando. Não para tentar caminhar nesse limite, mas para ter consciência sobre o que estávamos tentando comunicar”, resumiu o diretor, em entrevista coletiva.

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