Precisamos de mais heroínas, diz diretor de Maya e os 3 Guerreiros
Jorge R. Gutiérrez diretor da produção da Netflix explica os motivos pelos quais a série pode conquistar crianças e adultos
atualizado
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Maya e os 3 Guerreiros estreia nesta sexta-feira (22/10) no catálogo da Netflix. A animação, dividida em nove capítulos, conta a história de Maya, uma princesa guerreira. Mesmo com um teor infantil, a produção traz importantes reflexões e lições para pessoas de qualquer idade.
O Metrópoles conversou com o diretor de Maya e os 3 Guerreiros, Jorge R. Gutiérrez, para entender as inspirações e os principais pontos do enredo que traz episódios com muita diversão, ação e aventura em torno da coroação da personagem principal, Maya.
Inspirado em mitologias, a presença de Deuses, combates entre diferentes povos e profecias que ameaçam a humanidade, a animação conta com Maya, uma representação feminina, no papel principal. A personagem é sinal de força, determinação e coragem.
“Eu percebi que todos os meus trabalhos anteriores contaram com homens no papel de protagonista. Os tempos estão mudando, nós precisamos de mais mulheres como super-heroínas. Eu sou casado com uma guerreira, é mais uma figura representativa na minha vida, ao lado da minha mãe e da minha irmã. Eu fiz a Maya para elas, como a intenção de dizer que a América não é nada sem as mulheres guerreiras”, exclama o diretor.
Uma das características da série é a presença de muitos personagens. No total, são 28, dentre protagonistas e coadjuvantes, que têm momentos de maior e menos brilho dentro da produção. “Eu tentei basear eles nas pessoas que conheço. Amigos, professores, pessoas que não gosto, estão todos ali. Inclusive acho que os melhores personagens são baseados nas pessoas que não gosto. As pessoas têm que ter cuidado quando me conhecerem”, brinca o diretor.
As referências utilizadas em Maya e os 3 Guerreiros também chamam a atenção e chegam a ser surpreendentes. Com cenário e vestimentas influenciadas por características do passado da Mesoamérica (região que inclui o sul do México e os territórios da Guatemala, El Salvador, Beliz, Nicarágua, Honduras e Costa Rica), a produção conquista pelo apreço aos detalhes.
“Eu peguei muita inspiração de coisas que estão no passado e fui inspirado também por vários animes e animações japonesas, visto que sou um grande fã. Peguei referências de Ninja Scroll, Kura, Street Fighter e coloquei na Mesoamérica. Amo todas as mídias, coloquei tudo que amo dentro da série”, explica Gutiérrez.
Outro fator notável na animação é a presença de muitos animais, figuras importantes nas civilizações dos Astecas, Maias e Incas, que são retratados, com adaptações ao mundo da fantasia, no lançamento da Netflix. “A série acontece no passado da Mesoamérica, onde os humanos têm mais respeito e amor pelos animais. Acho que eles representam grande parte de quem nós somos e isso é um fator importante em Maya e os Três Guerreiros.”
Para além das técnicas e inspirações, a série também tem o poder de inspirar quem assiste. A frase “Se assim deve ser, então é o nosso dever” se tornou praticamente um mantra durante a produção da animação. A intenção é propor reflexões e trazer algumas lições para o espectador sobre amizade, amor e outros valores.
“Escrevi a frase quando comecei a série. Ela está no pôster e também é algo que a Maya fala durante a animação. Independente dos monstros, das armas, das coisas mais loucas, tudo se resume a uma pessoa para fazer a diferença e mudar o mundo”, afirma o cineasta.
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