Por coronavírus, Netflix prevê falta de conteúdo original no início de 2021
O streaming admitiu que vai sofrer escassez de conteúdo no primeiro semestre de 2021, já que a gravação de séries e filmes foi interrompida
atualizado
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A plataforma de streaming Netflix mudou o discurso de que a pandemia do coronavírus não teria impacto no conteúdo de seus filmes e séries. O streaming admitiu que vai sofrer escassez no primeiro semestre de 2021, já que a gravação de séries e filmes foi interrompida e só devem chegar à plataforma depois de julho.
A Netflix citou como exemplo a 4ª temporada de um dos seus maiores sucessos, a série Stranger Things. A nova parte deveria ser gravada entre janeiro e agosto deste ano para lançar no início do ano que vem, mas os trabalhos foram paralisados em março e não há previsão de voltar aos estúdios.
Além da preocupação dos telespectadores “esquecerem” a série, Stranger Things, que é acusado por uma empresa americana de plágio, enfrenta mais um problema: o caso dos protagonistas serem adolescentes e crescerem muito rápido. Uma longa pausa poderá causar erros na continuidade da história.
No documento onde mostram os resultados trimestrais aos acionistas, os diretores ressaltam que o longo tempo de pausa os livrou de uma crise a curto prazo: “Nosso planejamento para lançamentos de séries e filmes originais em 2020 continua, em sua maior parte, intacto”.
“Para 2021, de acordo com nosso plano atual, é esperado que as produções paralisadas resultem em um ‘peso’ maior [com mais conteúdo] na segunda metade do ano no que se refere aos nossos grandes títulos”, disse a Netflix no comunicado.
Produções originais
No documento, os produtores insistem que o número de produções originais de 2021 será maior do que em 2020: “Apesar disso, prevemos que o número total de produções originais para o ano que vem será maior do que o de 2020. Vamos aumentar nosso conteúdo com filmes adquiridos, como The Trial of the Chicago 7, de Aaron Sorkin, e Bob Esponja: O Incrível Resgate. Também compramos temporadas completas e inéditas de séries como Cobra Kai e Emily in Paris, estrelada por Lily Collins”.
Por fim, a Netflix garantiu que se sairá melhor que os rivais na crise do audiovisual causada pela pandemia: “A pandemia e as pausas na produção estão impactando nossos concorrentes igualmente. Mas, por causa da nossa grande biblioteca de conteúdo, com milhares de títulos e muitas recomendações, acreditamos que a satisfação dos assinantes continuará em alta”.