Para Cristina Rocha, Casos de Família combateu machismo e homofobia
A apresentadora também afirmou que o programa era menosprezado por algumas pessoas
atualizado
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Depois de a notícia do fim de Casos de Família, programa que estava há 16 anos no ar, pegar de surpresa o público, Cristina Rocha falou sobre o legado da atração. A apresentadora, que ficou no ar por 13 anos, comentou abertamente acerca dos barracos e da importância dessas discussões para os brasileiros.
Em entrevista ao Splash, Cristina Rocha afirmou que Casos de Família foi importante para refletir sobre o machismo e a homofobia, questões que atingem diversos lares brasileiros.
“Abri portas para as pessoas refletirem sobre homofobia e machismo na TV. Para as pessoas refletirem: ‘qual é o pecado do meu filho ser homossexual ou transexual?’ A Anahy (D’Amico), minha amiga psicóloga, e eu tentamos mostrar que o mais importante é o caráter, é o amor que a gente tem… graças a Deus, sou superquerida no meio LGBTQIA+ por abrir portas. Quando digo eu, estou falando de toda a equipe do programa”, contou a apresentadora.
“A gente batia de frente com os conflitos o tempo todo. Ficava cara a cara com o homem machista que acreditava ser o dono da mulher. O Casos de Família mostrava todo dia as pessoas abusadas e quem abusava. Tinha meme, a parte engraçada, mas era pesado para quem fazia. Era porrada e eu fazia terapia por isso”, continua Cristina.
Ela, inclusive, revelou que o fato de o programa ser menosprezado a incomodava, assim como as constantes acusações dos “barracos” serem armados.
“O que me incomoda é dizer que o programa é armado, é menosprezá-lo. Tem gente que gosta de ver só programa leve, de ver as Kardashians, e não ter contato com os problemas do dia a dia. E respeito quem não gosta desse tipo de programa, mas me incomodava a falsidade e demagogia das pessoas”, concluiu.