Pantanal tem cobra fake e produtos da economia local: entenda
A novela Pantanal, nova versão de folhetim dos anos 1990, estreia em abril de 2022
atualizado
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Pantanal, novela que ganhará nova versão na Globo, terá alguns detalhes curiosos em sua produção. O folhetim, que estreia em abril de 2022, terá uma cobra fake, produtos da economia local e violeiros.
Nas gravações no Mato Grosso do Sul e nos Estúdios da emissoa no Rio de Janeiro, o departamento de arte de Pantanal precisou encontrar soluções para dar “vida” às cenas escritas Bruno Luperi – a versão original, dos anos 1990, foi feita por Benedito Ruy Barbosa.
A produtora de arte Miriam Saback pesquisou por 6 meses o artefatos para construir o universo pantaneiro. A especialista e sua equipe precisaram encomendar de uma artesã uma sucuri de quatro metros de comprimento.
“Ela é maleável, temos que passar diariamente uma glicerina para não ressecar. Quando encomendamos, pedimos que houvesse a possibilidade dessa cobra entrar dentro da água. Materiais como esses não podem ficar no calor do Pantanal. Mandamos fazer uma casinha, um compensado de madeira para abrigá-la. E não termina por aí. Para as gravações, precisamos deslocar essa cobra de uma fazenda para outra. Ligamos para a frota e pedimos um carro específico para a arte, com caçamba atrás, e encomendamos um rack com a medida da cobra”, conta a produtora. A cobra “fake” funciona como uma dublê da cobra de verdade; essa, sim, usada na maior parte das cenas.
Grande parte dos produtos foram encomendados de produtores locais do Mato Grosso do Sul.
“Comprei a louça toda do povo Terena, produzida por indígenas da região. São travessas de cerâmica vermelha com desenhos indígenas para a fazenda, louças mais simples para a tapera e algumas sacolas que eles fazem de mercado, com desenhos lindos para a chalana, que encomendamos para homenagear esse povoado local. Quando entramos em contato com eles, tivemos ainda a oportunidade de conversar com o pajé e tirar algumas dúvidas sobre como são tratadas pessoas que sofrem picadas de cobra ou são atacadas por animais, pois precisaremos ter em algumas cenas o que seria usado em casos como esses, já que o Velho do Rio em determinado momento irá ajudar uma pessoa, e explicará que aprendeu o ritual com indígenas”, diz Miriam.
“O Papinha (diretor artístico, Rogério Gomes) é um amante da música e queria um som legal, por isso a escolha dos violões foi tão importante. Ligamos para o artista e perguntamos como estão acostumados a tocar. Fizemos um violão para o Tibério, Quim e Trindade. O Gabriel Sater nos mandou todas as especificações e encomendamos um igual ao dele, envelhecemos de forma que ficasse uma réplica. Até brinquei que ele não saberia dizer qual é qual. O Almir ficou encantado com o violão que encomendamos para o Chico Teixeira. Ele adorou, tocou à beça. No caso do Almir, liguei para ele, que me disse que os violões dele são muito antigos, têm cara de época. Ele deixou a gente dar uma ‘envelhecidinha’ estando ao lado, cuidando de tudo (risos). Portanto, é o único que usará seu violão próprio”, finaliza